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O respeito ao meio ambiente constitui um valor fundamental da ENGIE Brasil Energia. Por isso, além do consumo racional de recursos naturais, a Companhia tem como prática a identificação de aspectos e impactos ambientais decorrentes de suas atividades, para os quais estabelece programas e ações de monitoramento e controle. GRI G4-14

Contribui para a melhoria contínua da gestão ambiental a certificação de 14 usinas conforme as normas da NBR ISO 14001. Em 2016, a Usina Hidrelétrica Estreito conquistou a certificação, somando-se ao grupo de outras oito hidrelétricas, duas termelétricas e uma usina a biomassa. Juntas, as plantas certificadas correspondem a 96,0% da capacidade instalada da Companhia e são responsáveis por 96,7% da geração de energia líquida.


Usinas certificadas - NBR ISO 14001

HidrelétricasTermelétricasBiomassa
  • Estreito 
  • São Salvador 
  • Cana Brava 
  • Itá 
  • Machadinho 
  • Passo Fundo 
  • Ponte de Pedra 
  • Salto Osório 
  • Salto Santiago 
  • William Arjona 
  • Complexo Termelétrico Jorge Lacerda 
  • Unidade de
    Co-Geração Lages 

Ao final de 2016, todas essas Usinas foram recertificadas conforme as normas NBR ISO 14001, NBR ISO 9001 (qualidade) e OHSAS 18001 (saúde e segurança ocupacional) pela Bureau Veritas Certification.

Para todas as unidades certificadas são estabelecidas, anualmente, metas de gestão relacionadas aos aspectos e impactos ambientais identificados como mais relevantes. Ao final de 2016, 61,5% das 109 metas ambientais estabelecidas para o ano foram alcançadas e outras 17,4% estavam em andamento.

As metas têm como base indicadores de desempenho ambiental específicos, monitorados continuamente pela Companhia, os quais incluem aspectos relacionados a gestão da biodiversidade, consumo de recursos naturais, descarte de resíduos e emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), entre outros.

Conformidade legal

 Todas as usinas operadas pela ENGIE Brasil Energia mantêm as autorizações e licenças ambientais exigidas pela legislação em vigor. Para assegurar a conformidade legal de todo o parque gerador, bem como dos projetos em implantação, a Companhia monitora permanentemente a evolução das leis, normas e resoluções de regulação de suas atividades, ajustando operações e procedimentos sempre que necessário.

Em 2016, foram renovadas as licenças de operação das três usinas do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL) e a do Terminal de Carvão Mineral Energético, no mesmo empreendimento, da Usina Termelétrica Ibitiúva Bioenergética e de duas linhas de transmissão relativas ao Complexo Eólico Trairi. Além disso, foi obtida a Licença Prévia (LP) da Usina Termelétrica Norte Catarinense e renovada a Licença de Operação (LO) para captação, adução e tratamento de água para abastecimento industrial da Unidade de Co-Geração Lages.

Biodiversidade GRI G4-EU13

A influência das atividades da Companhia sobre a biodiversidade varia de acordo com o tipo de operação desenvolvida e as condições ambientais locais. A fim de assegurar a adequada identificação dessa influência, a ENGIE Brasil Energia deu início, em 2016, a um projeto que visa contextualizar o status da biodiversidade na área de abrangência das usinas que compõem seu parque gerador1.

Intitulado Matriz Biodiversidade, o projeto partiu de um benchmarking de companhias do setor elétrico. Além de avaliar as políticas de sustentabilidade dessas organizações, a análise permitiu identificar boas práticas de gestão de riscos e mitigação dos impactos à biodiversidade. Na sequência, foram selecionados e caracterizados nove parâmetros para avaliação da biodiversidade, os quais, relacionados ao contexto brasileiro, têm base em diretrizes de classificação e priorização disponíveis e reconhecidas em âmbitos regional, nacional e internacional.

1 O projeto Matriz Biodiversidade tem como objetivo suprir a necessidade de uma identificação mais precisa e padronizada dos impactos sobre a biodiversidade, visto que as informações constantes em estudos realizados à época de implantação de empreendimentos mais antigos podem não mais corresponder à realidade. GRI G4-EN12


Parâmetros - Matriz Biodiversidade

  • Biomas 

  • Regiões Fitoecológicas 

  • Unidades de Conservação 

  • Terras Indígenas 

  • Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade Brasileira 

  • Important Bird Areas – IBAs 

  • Rotas e Áreas de Concentração de Aves Migratórias 

  • Wetlands of International Importance – Ramsar Sites 

  • Patrimônio Mundial da Unesco



Todas as informações e bases espaciais compiladas no âmbito do projeto estão sendo processadas em um Sistema de Informações Geográficas (SIG), permitindo consultas específicas acerca das áreas de abrangência de 26 empreendimentos que compõem o parque gerador.

Projeto Matriz Biodiversidade – Inserção dos empreendimentos nos biomas brasileiros GRI G4-EN12, G4-EN13, G4-EN14

Matriz Biodiversidade > Resultados Preliminares - 2016

A primeira etapa do projeto, a ser concluída em 2017, permitirá compreender o status de biodiversidade na região de inserção de cada empreendimento, possibilitando uma análise mais acurada e o direcionamento de ações prioritárias. Assim, a ENGIE Brasil Energia poderá elaborar e executar programas ambientais focados em ambientes ou espécies de maior relevância para a conservação, de acordo com as realidades locais. Além disso, o conhecimento gerado pelo projeto possibilitará o desenvolvimento de ações estratégicas em parceria com outras empresas, órgãos ambientais, instituições de ensino e pesquisa e demais entidades que compartilhem do interesse de conservação nas regiões abordadas.

Ações de destaque

Hidrelétricas

A implantação de uma usina hidrelétrica resulta na conversão do meio aquático em um ambiente lêntico (reservatório). Nesse processo, há alteração das características físico-químicas do recurso hídrico, o que afeta diretamente a biodiversidade aquática, em especial a ictiofauna (conjunto da espécie de peixes que existem em uma determinada região geográfica). Algumas espécies encontram no novo ambiente as condições ideais para sua sobrevivência e reprodução, mas outras não se adaptam à nova condição. Para avaliar os efeitos desse processo ao longo do tempo, a ENGIE Brasil Energia tem investido em projetos de P&D sobre o tema e monitorado a ictiofauna da região de influência das usinas hidrelétricas que opera. A Companhia também promove periodicamente a soltura de alevinos (filhotes de peixes) nos reservatórios, no intuito de repovoá-los com espécies nativas. Em 2016, por exemplo, foram soltos 550 peixes das espécies dourado e grumatão no Rio Uruguai,  na área de abrangência das Usinas Hidrelétricas Itá e Machadinho.

Outro impacto relacionado à implantação de uma usina hidrelétrica é a perda de habitat em função do alagamento ocasionado pela formação do reservatório. Nesse processo, a ENGIE Brasil Energia realiza o resgate e a transferência da fauna e da flora nas áreas de supressão vegetal. Essas espécies são reinseridas em biomas adequados, compatíveis com o ambiente original. Após a formação do reservatório, a Companhia é responsável pela criação de uma área de preservação permanente e pela recuperação das áreas degradadas pela obra.

Em complemento, a ENGIE Brasil Energia cultiva, planta e doa às comunidades locais mudas de espécies nativas florestais — em 2016 foram plantadas e doadas 340.269 mudas na região de abrangência das usinas operadas.

Termelétricas

A ENGIE Brasil Energia deu continuidade às obras de implantação da UTE Pampa Sul, em Candiota (RS). Com o intuito de preservar o bioma da região, a Companhia desenvolve, desde 2015, o Subprograma de Salvamento de Germoplasma Vegetal, que resgata as espécies incluídas na Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Rio Grande do Sul. Outros cinco programas ambientais são desenvolvidos na região, com foco em resgate de fauna, revegetação de matas ciliares, reposição florestal, monitoramento da ictiofauna e controle de espécies vegetais invasoras.

Eólicas

Na implantação do Complexo Eólico Santa Mônica, iniciada em 2014, o Plano de Desmatamento Racional (PDR) estabeleceu procedimentos para reduzir os impactos na flora e na fauna locais. Foram obtidas as autorizações de supressão vegetal para um total de 175,1 hectares, com a supressão efetiva de apenas 28% dessa área. A intervenção em 5,79 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) na implantação do empreendimento também demandou obtenção de licenças próprias e a reposição florestal em uma área duas vezes maior do que a suprimida (11,58 hectares), locada em APP. Toda a fase de supressão vegetal do Complexo Eólico foi acompanhada pela execução de Programa de Manejo e Monitoramento de Fauna. Outras iniciativas de destaque presentes no Plano Básico Ambiental (PBA) do Complexo Eólico Santa Mônica são:

  • Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Controle de Processos Erosivos;

  • Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (superficial e subterrânea);  

  • Programa de Monitoramento da Qualidade do Solo;  

  • Programa de Monitoramento do Nível de Ruídos e Vibrações; e  

  • Programa de Educação Ambiental. 

Unidades operacionais em áreas protegidas GRI G4-EN11

A ENGIE Brasil Energia mantém unidades operacionais localizadas dentro ou nas adjacências de áreas protegidas e de alto valor de biodiversidade. A seguir, são apresentadas as informações referentes às usinas hidrelétricas do parque gerador, de modo que os dados de biodiversidade regional apresentados têm como referência estudos realizados à época de implantação dos empreendimentos e as atividades de monitoramento ambiental atualmente desenvolvidas.

UHE Itá
Localização: entre os municípios de Itá (SC) e Aratiba (RS).
Área do reservatório: 142 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 22,56 km2.
Biodiversidade regional: 27 espécies de mamíferos, 94 de aves, 31 de répteis, 11 de anfíbios, 40 de peixes e 60 de flora (arbóreas).
Unidades de Conservação: Parque Estadual Fritz Plaumann (SC), de 7,41 km2; Parque Municipal Teixeira Soares (RS), de 4,61 km2; e Parque Municipal de Preservação Ambiental de Severiano de Almeida (RS), de 0,15 km2.
UHE Cana Brava
Localização:  Cavalcante (GO).
Área do reservatório: 139 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 3,2 km2.
Biodiversidade regional: 92 espécies de mamíferos, 304 de aves, 98 de peixes, 41 de anfíbios, 77 de répteis.
Unidades de Conservação: Terra Indígena Avá-Canoeiro.
UHE Passo Fundo
Localização:  Entre Rios do Sul (RS).
Área do reservatório: 151 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 4,11 km2.
Biodiversidade regional: 18 espécies de mamíferos, 122 de aves, 14 de répteis, 10 de anfíbios, 44 de peixes e 20 de flora.
Unidades de Conservação: Parque Estadual Rondinha, com 10 km2; e Reserva Municipal da Sagrisa, com 4 km2.
UHE Machadinho
Localização: entre Piratuba (SC) e Maximiliano de Almeida (RS).
Área do reservatório: 79 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 44,05 km2.
Biodiversidade regional: 52 espécies de mamíferos, 192 de aves, 63 de peixes, pelo menos 2 espécies relevantes de répteis e 522 de flora.
Unidades de Conservação: Parque Florestal Estadual Espigão Alto (RS), com 13,33 km2.
UHE Salto Santiago
Localização: entre Rio Bonito do Iguaçu e Saudade do Iguaçu (PR).
Área do reservatório: 208 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): a legislação da época da implantação da usina não estabelecia a obrigatoriedade de adquirir áreas para a formação de APP.
Biodiversidade regional: 14 espécies de mamíferos, 302 de aves, 14 de anfíbios, 39 de peixes.
UHE Ponte de Pedra
Localização: entre Itiquira (MT) e Sonora (MS).
Área do reservatório: 14,5 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 7,8 km2.
Biodiversidade regional: 80 espécies de mamíferos, 249 de aves, 58 de répteis, 17 de anfíbios e 9 de invertebrados.
Unidades de Conservação: o reservatório da usina é adjacente ao Parque Estadual da Serra de Sonora, com aproximadamente 79 km2.
PCH José Gelazio da Rocha
Localização: Rondonópolis (MT).
Área do reservatório: 0,27 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): não foi estabelecida pela legislação no entorno do reservatório da usina.
Biodiversidade regional: 80 espécies de mamíferos, 249 de aves, 58 de répteis, 17 de anfíbios e 9 de invertebrados.
Unidades de Conservação: Parque Estadual Dom Osório Stoffel, com 64,22 km2.
UHE Salto Osório
Localização: entre São Jorge d’Oeste e Quedas do Iguaçu (PR).
Área do reservatório: 55 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): a legislação da época da implantação da usina não estabelecia a obrigatoriedade de adquirir áreas para a formação de APP.
Biodiversidade regional: 13 espécies de mamíferos, 303 de aves, 9 de anfíbios, 39 de peixes.
PCH Rondonópolis
Localização: Rondonópolis (MT).
Área do reservatório: 0,024 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): não foi estabelecida pela legislação no entorno do reservatório da usina.
Biodiversidade regional: 80 espécies de mamíferos, 249 de aves, 58 de répteis, 17 de anfíbios e 9 de invertebrados.
Unidades de Conservação: Parque Estadual Dom Osório Stoffel, com 64,22 km2.
UHE São Salvador
Localização: entre São Salvador do Tocantins e Paranã (TO).
Área do reservatório: 104 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 47,53 km2.
Biodiversidade regional: 26 espécies de mamíferos, 242 de aves, 38 de répteis, 29 de anfíbios e 209 de peixes.
Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental do Lago de São Salvador do Tocantins, Paranã e Palmeirópolis, com 145,25 km2.
UHE Estreito
Localização: entre Estreito (MA), Aguiarnópolis e Palmeiras do Tocantins (TO).
Área do reservatório: 555,0 km².
Área de Preservação Permanente (APP): 125,0 km².
Biodiversidade regional: 2 espécies de mamíferos aquáticos, 164 de aves, 21 de répteis, 38 de anfíbios e 50 de peixes.
Unidades de Conservação: o reservatório é adjacente à Unidade de Conservação Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, com 356,3 km².
PCH Areia Branca
Localização: Caratinga e Ipanema (MG).
Área do reservatório: 1,36 km².
Área de Preservação Permanente (APP): 112,71 hectares no reservatório da usina.
Biodiversidade regional: 17 espécies de mamíferos, 191 de aves, 6 de répteis e 20 de anfíbios.
Unidades de Conservação: não há na área diretamente afetada.

Como prática de compensação à implantação de seus empreendimentos, a ENGIE Brasil Energia apoia a criação e a manutenção de Unidades de Conservação em algumas das regiões onde atua. São exemplos dessa prática o Parque Estadual Fritz Plaumann, em Concórdia (SC), e o Parque Natural Municipal Mata do Rio Uruguai Teixeira Soares, em Marcelino Ramos (RS), ambos localizados na área de influência da UHE Itá.

Outra prática que colabora para a conservação da biodiversidade é o Programa de Plantio e Doação de Mudas, que inclui o cultivo e a distribuição, para as comunidades locais, de espécies vegetais nativas da região das usinas. Somente em 2016 foram 340.269 mudas plantadas e doadas.

Áreas restauradas GRI G4-EN13

A fim de recuperar áreas degradadas em virtude de implantação de empreendimentos, a Companhia desenvolve programas especiais de restauração, que incluem o plantio de espécies nativas e outras medidas que permitam aproximar o habitat local à situação encontrada antes das obras. Em 2016, foram restaurados cerca de 127, 9 mil metros quadrados na área do Complexo Eólico Santa Mônica, por meio do plantio de 42,9 mil mudas de espécies nativas da região. No Complexo Eólico Campo Largo, na Central Fotovoltaica Assú V e no Complexo Eólico Santo Agostinho, os trabalhos de recuperação devem ser iniciados em 2017.

Água

A ENGIE Brasil Energia monitora continuamente indicadores relacionados à captação da água utilizada em suas atividades. Em 2016, considerando todas as fontes de captação, o volume total de água retirado foi de 704.355.905,06 m3, uma redução de 16,6% em relação ao ano anterior.

Entre os fatores que contribuíram para essa redução, destaca-se a menor geração nas usinas termelétricas, o que implica em diminuição do consumo, além da adoção de sistemas em circuito fechado, permitindo o reúso e a recirculação de água, e a captação de água de chuva, que diminuem a demanda sobre fontes hídricas.

A qualidade da água lançada em corpos hídricos pela Companhia também é acompanhada de forma contínua, por meio de análises físico-químicas e bioquímicas. Em 2016, o descarte planejado de água totalizou3 696.869.429,47 m3. Esse volume se refere ao descarte de usinas termelétricas e também à água que passa pelo sistema de resfriamento das usinas hidrelétricas. Em ambos os casos, a água retorna aos corpos hídricos com qualidade e temperatura compatível aos padrões estabelecidos pela legislação. GRI G4-EN22

3. A coleta das informações referentes ao indicador ocorreu no início do mês de outubro, de modo que os valores de outubro, novembro e dezembro foram estimados com base no consumo do mês de setembro.

Total de retirada de água por fonte GRI G4-EN8

FontesVolume retirado
2016120152
Águas superficiais, incluindo áreas úmidas, rios, lagos e oceanos 701.083.410,07 m3 840.195.481,25 m3
Águas subterrâneas 18.972,13 m3 21.006,94 m3
Águas pluviais diretamente coletadas e armazenadas pela organização 1.199.733,33 m3 2.076.400,00 m3
Água fornecida por empresas de abastecimento público 2.053.789,53 m3 1.992.472,00 m3
Volume total 704.355.905,06 m3 844.285.360,19 m3

Utilização de água nas usinas termelétricas - 2016 GRI G4-EN8 - Setorial

Processamento 5.300.070,85 m3
Refrigeração503.132.911,92 m3
Consumo7.346.160,96 m3

Volume total e percentual de água reciclada, reutilizada e captada da chuva GRI G4-EN10

201612015
Água reciclada 24.601.029,72 m3 (3,49%) 22.514.316,79m3 (2,66%)
Água reutilizada 2.444.243,74 m3 (0,35%) 7.646.243,66m3 (0,90%)
 Água de chuva 1.199.733,33 m3 (0, 17%) 2.076.400,00 m3 (0,25%)

1 A coleta das informações referentes ao indicador ocorreu no início do mês de outubro, de modo que os valores de outubro, novembro e dezembro foram estimados com base no consumo do mês de setembro. 2 Os números referentes a 2015 foram ajustados em relação aos publicados no Relatório de Sustentabilidade 2015, em virtude da confirmação do consumo dos meses de novembro e dezembro daquele ano, estimados à época do lançamento do reporte.

Engajamento GRI - DMA Setorial - Água

A fim de contribuir para a conservação dos recursos hídricos nas regiões onde atua, a ENGIE Brasil Energia integra oito Comitês de Bacias Hidrográficas, nos quais delibera, junto a instituições públicas e privadas, sobre o uso sustentável da água pela sociedade. Também com esse intuito, a Companhia faz parte dos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos de Santa Catarina e do Paraná.

Nas áreas de influência das hidrelétricas, a conservação da água também passa pelo uso múltiplo do reservatório, disciplinado pela Companhia a partir do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais (Pacuera), instrumento previsto pela legislação para minimizar impactos negativos das atividades desenvolvidas na região dos empreendimentos.

Em outra frente, a ENGIE Brasil Energia desenvolve, junto às comunidades de entorno de algumas usinas, o Programa de Conservação de Nascentes, que visa à manutenção da qualidade e da quantidade da água nas áreas de abrangência dos empreendimentos. Além disso, o Programa tem como objetivo sensibilizar a população local quanto à importância do tema. Somente em 2016, foram recuperadas/protegidas 391 nascentes, que se somaram a outras 967 conservadas desde o início do Programa — a maior parte delas nas regiões das Usinas Hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, no Paraná.

Combustíveis

A Política ENGIE Brasil Energia sobre Mudanças Climáticas prevê a adoção de medidas para a redução do consumo de combustíveis fósseis. Entre essas medidas destacam-se o uso preferencial de automóveis bicombustíveis, a contratação de serviços de transporte coletivo para empregados da maioria das usinas e a realização frequente de tele e videoconferências, a fim de evitar deslocamentos.

Em 2016, o consumo de energia oriunda de fontes não renováveis diminuiu 30% em relação ao ano anterior, com reduções significativas no uso de gás (GLP) e óleo combustível, além do menor uso de carvão em razão da geração reduzida nas usinas termelétricas. Isso se refletiu no total de energia consumido pela Companhia ao longo do ano: foram  62.295.876,81 GJ, volume 25,8% inferior ao registrado em 2015. GRI G4-EN6

Consumo de energia dentro da organização GRI G4-EN3

20162015
 Fontes
não renováveis
 Carvão48.770.775,91 GJ58.370.842,88 GJ
 Óleo diesel174.667,21 GJ112.604,13 GJ
 Óleo combustível 63.499,93 GJ 198.905,66 GJ
 Gás1.681.787,21 GJ13.643.509,79 GJ
Total 50.690.730,26GJ72.325.862,46 GJ
Fontes renováveis Biomassa de madeira1.320.807,43 GJ2.441.765,81 GJ
 Biomassa de cana-de-açúcar 9.682.965,21 GJ8.635.209,87 GJ
Total 11.003.772,64GJ11.076.975,68 GJ
Consumo de eletricidade da rede2 601.373,90 GJ660.145,50 GJ1
 Consumo total de energia3  62.295.876,81 GJ84.062.983,64 GJ

Normas, metodologias e premissas adotadas: os critérios adotados para os cálculos e a mensuração de água atendem aos requisitos expressos pela ENGIE Brasil Energia. Essas informações são anualmente auditadas por terceira parte.
1. Valor referente ao consumo de energia nas Unidades (uso industrial + prédio administrativo). 2. Referências (energia elétrica): O sistema de Medição para Faturamento (SMF) é responsável por registrar os dados de energia elétrica gerada e consumida pelas usinas, e diversas são as normas seguidas para minimizar falhas dos equipamentos e evitar a prática de possíveis fraudes. Os aspectos técnicos aos quais o SMF deve ser submetido são orientados pelo ONS. Já a forma de tratamento dos dados e os prazos e regras para o envio das informações são estabelecidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 3. Consumo total de energia = total combustíveis renováveis + total combustíveis não renováveis + consumo de eletricidade da rede.

Venda de energia, por tipo GRI G4-EN3

20162015
Energia elétrica34.789 (3.971 MW médios)36.012 GWh (4.111 MW médios)
Vapor16,3 GWh24 GWh

Intensidade energética* GRI G4-EN5

20162015
Consumo de energia dentro da Companhia (GJ)62.295.876,8184.062.983,64
Produção de energia (GJ)160.532.337,19176.191.271,92
Intensidade enérgica (Consumo de energia dentro da Companhia /Produção de energia)0,390,48

* Tipos de energia incluídos na taxa de intensidade: combustíveis fósseis, combustíveis renováveis e energia da rede.

Eficiência energética

Responsável por cerca de 75% do consumo do combustível utilizado nas usinas termelétricas operadas pela Companhia, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda é certificado conforme a NBR ISO 50001, norma focada na melhoria contínua do desempenho energético, incluindo aspectos relacionados ao uso eficiente da energia. Para atender à norma, foram estabelecidas diversas ações de controle, às quais são submetidas a auditorias internas e externas para manutenção da certificação.

Resíduos GRI G4-EN23

A destinação final adequada é premissa da gestão de resíduos realizada pela ENGIE Brasil Energia em todas as suas unidades. Assim, a Companhia exige que as empresas contratadas para coleta e destinação dos resíduos atendam à legislação ambiental aplicável, em especial à Lei nº 12.305, de 2010, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Comparado ao de 2015, o volume total de resíduos destinados pela Companhia em 2016 registrou queda de  5%, resultado da geração reduzida de energia nas usinas termelétricas, o que se reflete em menor volume de cinzas decorrentes da queima de combustíveis fósseis, bem como de ações focadas na melhoria contínua desse indicador, as quais implicam em metas de redução válidas para todas as usinas e também para a sede.

Destinação de resíduos

RESÍDUOS PERIGOSOS (t)
Destinação20162015
Reutilização 50,9266,58
Reciclagem 114,1842,33
Recuperação, inclusive recuperação de energia 0,000,0063
Incineração (queima de massa) 0,0317,04
Aterro 191,79226,42
Armazenamento no local 82,4493,38
Coprocessamento 268,25223,64
Total 707,60669,39
RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS (t)
Destinação20162015
Reutilização 3,222,12
Reciclagem1.053.046,101.806.806,09
Compostagem 67,7669,05
Recuperação de áreas degradadas 690.187,05563,01
Recuperação, inclusive recuperação de energia 78,78116,83
Aterros 456,191.592,05
Cava da mina de carvão 33.546,9461.187,49
Armazenamento no local21,6825,94
Coprocessamento 34,6124,4
Pavimentação de estradas 0,000,51
Total 1.777.742,201.872.402,49

Destinação de cinzas

Como parte dos compromissos assumidos na Política de Mudanças Climáticas, a Companhia destina a cinza leve, emitida pelas usinas termelétricas a carvão, para a fabricação de cimento. Em 2016, 927,8 mil toneladas de cinzas foram destinadas à indústria cimenteira, onde são utilizadas como insumo em substituição ao calcário — o que contribuiu para a redução das emissões de CO2.

Outras 110,9 mil toneladas de cinzas, originadas nas usinas a biomassa, tiveram como destino a aplicação em atividades agrícolas. Já as cinzas pesadas podem ser aproveitadas como base para pavimentação asfáltica e, devido ao seu pH elevado, como neutralizadoras da acidez do solo na recuperação de depósitos de rejeitos de carvão.

Emissões

Conforme preconiza a Política ENGIE sobre Mudanças Climáticas, a Companhia realiza, periodicamente, seu Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), com foco na melhoria contínua de suas ações e em estratégias de mitigação e adaptação. Verificado por parte externa independente4, o Inventário contabiliza e quantifica as emissões com base em conceitos e diretrizes estabelecidos pelo Programa Brasileiro GHG Protocol. A consolidação dos dados do Inventário considera as duas abordagens utilizadas pelo Programa: controle operacional e participação societária5.

O documento tem como base o ano de 2010, quando foi desenvolvido o primeiro Inventário de Emissões de GEE da Companhia, e considera os gases considerados CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs, SF6 e NF36.

No ano de 2016, na abordagem controle operacional foi registrada uma redução de 1.304.409,5 tCO2e nas emissões (Escopo 1, 2 e 3), exclusivamente em virtude da redução do consumo de carvão nas usinas termelétricas - menos demandadas para geração em 2016, dada a melhoria no cenário hidrológico do país. G4-EN19

4 O Inventário de Emissões de GEE da Engie Brasil Energia, em 2016, foi verificado pela SGS, representando parte externa independente.
5 A abordagem de controle operacional inclui 100% das emissões dos empreendimentos e empresas que a Companhia mantém controle sobre a operação, independentemente de sua participação societária na fonte. Já a participação societária considera emissões decorrentes da operação conforme a participação percentual da Companhia em cada empreendimento. 6 As referências metodológicas para os fatores de emissão utilizados podem ser consultadas na Tabela 7 do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) - para acessar, clique aqui.

Evolução das emissões totais (em tCO2e)

A seguir, destacamos os principais resultados do Inventário, que está disponível na íntegra no website da Companhia (clique aqui para acessar).

Emissões diretas

No escopo 1, as emissões diretas da ENGIE Brasil Energia totalizaram 4.801.366,33 tCO2e por controle operacional, e 4.801.287,37 tCO2e por participação societária. Em relação a 2015, a redução foi da ordem de 20%, refletindo a menor demanda das usinas termelétricas, que ocasionou a diminuição do consumo de carvão e gás natural — cabe destacar que as usinas termelétricas a carvão concentram 97% das emissões diretas da Companhia.  G4-EN15

As emissões biogênicas (Escopo 1) foram de 1.055.548,47 tCO2e por controle operacional e de 968.328,92 tCO2e por participação societária. G4-EN15

Emissões diretas - Escopo 1 (em tCO2e) G4-EN15

201420152016
Controle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societária
Combustão estacionária6.358.562,586.357.397,516.093.182,656.091.658,384.796.867,414.795.133,36
Combustão móvel671,54693,97637,11658,51536,97555,09
Processos4.120,114.120,115.345,055.345,053.360,393.360,39
Emissões fugitivas26,141.170,04226,73236,13574,152.207,65
Atividades agrícolas4,6311,215,738,323,6625,81
Resíduos sólidos0,370,3712,612,893,765,05
Total do Escopo 16.363.385,376.363.393,226.099.409,886.097.919,264.801.366,344.801.287,35

Escopo 1 - Variação (%)

Controle OperacionalParticipação societária
2014-1,38%-1,35%
2015-4,15%-4,17%
2016-21,28%-21,26%

Emissões indiretas

Aquisição e consumo de energia

O total de emissões de escopo 2 da ENGIE em 2016 foi de 10.231,74 tCO2e por controle operacional, e 10.938,15 tCO2e por participação societária, volume cerca de 45% inferior ao de 2015. A variação se deve, essencialmente, ao menor consumo de energia da rede, associada à queda do fator de emissão médio do Sistema Interligado Nacional (SIN) — foram 34,4% de redução em relação a 2016, devido à melhora no cenário hidrológico do país e à consequente menor demanda por geração em usinas termelétricas. G4 EN-16

Emissões indiretas - Escopo 2 (em tCO2e) G4 EN-16

201420152016
Controle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societária
Energia18.711,2519.670,3118.751,3219.709,0010.231,7410.938,15

Escopo 2 - Variação (%)

Controle operacionalParticipação societária
2014-0,72%-2,47%
20150,21%0,20%
2016-45,43%-44,50%

Outras fontes

Em relação ao escopo 3 — que abrange emissões indiretas decorrentes de transporte de insumos, deslocamento de empregados,  viagens a negócios e resíduos gerados nas operações — foram registradas 27.930,83 tCO2e por controle operacional, e 28.192,34 tCO2e por participação societária. Comparada ao resultado do ano anterior, a redução nas emissões desse escopo foi de cerca de 14% em 2016. Entre os fatores que contribuíram para essa redução está o menor consumo de óleo diesel em atividades de transporte. G4-EN17

Já em relação às emissões biogênicas (Escopo 3) foram geradas 2.333,79 tCO2e por controle operacional e de 2.224,85 tCO2e por participação societária. G4-EN17

Emissões indiretas - Escopo 3 (em tCO2e) G4-EN 17

201420152016
Controle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societária
Atividades relacionadas com combustível e energia não inclusas nos escopos 1 e 21.642,861.642,8639,9739,972,572,57
Transporte e distribuição (upstream)18.679,8618.800,6119.824,8419.929,9317.360,3617.458,07
Resíduos gerados nas operações502,26503,31807,45816,05531,11543,27
Viagens a negócios662,6718,35915,34981,16944,051.030,41
Deslocamento de empregados (casa-trabalho)345,1484,87458,34498,53304,73370,00
Transporte e distribuição (downstream)10.020,2010.020,2010.414,2610.414,268.788,028.788,02
Total do escopo 331.852,8732.170,20 32.460,21 32.679,9027.930,8428.192,34

Escopo 3 - Variação (%)

Controle operacionalParticipação societária
201413,77%13,59%
20151,91%1,58%
2016-13,95%-13,73%

Indicadores complementares

INTENSIDADE DE EMISSÕES (tCO2/MWh)7 G4-EN18
Controle operacionalVariação (%)Participação societáriaVariação (%)
20140,2308-2,0%20140,1715
20150,2115-8,3%20150,1592-7,2%
20160,1917-9,4%20160,1436-9,8%

7 O cálculo da intensidade de emissões se dá com base na energia líquida e considera as emissões provenientes dos Escopos 1, 2 e 3.

EMISSÕES DE SUBSTÂNCIAS QUE DESTROEM A CAMADA DE OZÔNIO (SDO) G4-EN20
SDOControle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societáriaControle operacionalParticipação societária
20152016Variação 2015/2016
HCFC (R-22)374,67438,35426,20438,1813,75%-0,04%
Emissões de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas em t/MWh G4-EN21
2013201420152016Variação
NOx0,000380,000360,00033110,000307082-7,3%
SOx0,002780,002420,00251650,002319571-7,8%
Material particulado (MP)0,000060,000080,00007560,0000659-12,8%
Volume (t) de emissões de NOx, SOx e Material Particulado G4-EN21
20152016Variação
NOx21.951,5513.364,40-39,1%
SOx119.853,50100.949,04-15,8%
Material particulado (MP)3.643,132.867,33-21,3%
Emissões por geração líquida  (total) e unidades de combustão G4-EN21
EmissõesGeração líquida (t/MWh)Usinas de combustão (t/MWh)
NOX13.364,400,000310,00290
SOX100.949,040,002320,02187
Material particulado (MP)2.867,330,000070,00062

Investimentos

Em 2016, a ENGIE Brasil Energia destinou cerca de R$ 14,8 milhões a ações de cunho ambiental. A tabela a seguir detalha os principais investimentos na área ao longo do ano.  

Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo GRI G4-EN31 1

CategoriaAplicaçãoValor (R$)
Custos de prevenção e gestão ambientalProgramas de Educação Ambiental21.853.547,34
Pesquisa e Desenvolvimento9.959.136,38
Despesas extras com a adoção de tecnologias mais limpas2.710.708,20
Cozinha para Área da Horta Modelo - Educação Ambiental56.347,01
Disposição de resíduos, monitoramento de emissões e custos de remediaçãoMonitoramento de emissões127.618,14
Gastos com equipamentos, manutenção e materiais e serviços operacionais, além de despesas com pessoal para esse fim97.293,30
Total:14.804.677,37

1 Investimentos realizados entre janeiro a outubro de 2016, exceto valores de Pesquisa e Desenvolvimento e Programas de Educação Ambiental, os quais consideram o período de janeiro a dezembro de 2016. 2 Item classificado como Custos Operacionais (Opex), de modo que o valor remanescente da categoria foi de R$ 18.917.727,41.