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O Sistema Integrado de Gestão (SIG), associado às políticas corporativas, norteia a gestão do capital manufaturado da Companhia e abrange cinco dimensões: qualidade, meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, responsabilidade social e gestão da energia. Ao todo, 14 das 29 usinas operadas pela ENGIE Brasil Energia são certificadas segundo as normas NBR ISO 9001 (relativa à qualidade), NBR ISO 14001 (relativa a meio ambiente) e OHSAS 18001 (relativa a Saúde e Segurança no Trabalho). Em 2016, a Usina Hidrelétrica Estreito conquistou essas certificações, aumentando o percentual de capacidade instalada certificada de 83,6% para 95,3% – mesmo considerando a não renovação da certificação da Usina Termelétrica Charqueadas, em virtude do encerramento de suas atividades.

O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, que tem três usinas entre as 14 certificadas, possui também o certificado segundo a norma NBR ISO 50001, relativa à Eficiência Energética. Quanto à responsabilidade social, a Companhia se empenha em seguir as orientações do guia NBR ISO 26000 (que não prevê certificações).

O percentual de capacidade instalada certificada da Companhia chegou a 95,3% em 2016.

97,2%

foi o índice de disponibilidade alcançado pelas usinas operadas pela Companhia em 2016, excluindo as paradas programadas


Desempenho operacional

A confiabilidade, a disponibilidade e a segurança do parque gerador são consideradas pela ENGIE Brasil Energia aspectos essenciais à gestão da qualidade. Tais aspectos são mensurados pela Companhia por meio do indicador de disponibilidade interna das usinas, que considera a capacidade de fornecimento de energia das instalações e as horas de indisponibilidade intempestiva e urgente das unidades geradoras.

No acumulado de 2016, excluindo as paradas programadas, as usinas atingiram disponibilidade de 97,2%, sendo 98,5% nas usinas hidrelétricas, 88,4% nas termelétricas e 95,9% nas usinas de fontes complementares. Assim, a meta estabelecida pela Companhia para esse indicador (≥ 98,7%) não foi atingida.

Quando consideradas todas as paradas programadas, a disponibilidade de todo o parque gerador foi de 86,8%, sendo 88,5% nas usinas hidrelétricas, 75,0% nas termelétricas e 87,8% nas usinas de fontes complementares. GRI G4-EU30

Os principais fatores que afetaram a disponibilidade das usinas hidrelétricas em 2016, na comparação com o ano anterior, foram as modernizações na Unidade Geradora 3 da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra e nas Unidades 3 e 4 da Usina Hidrelétrica Salto Santiago. Ocorreram, ainda, manutenções na Unidade 1 da Usina Hidrelétrica Passo Fundo e nas Unidades 1 e 2 da Usina Hidrelétrica São Salvador, bem como a modernização dos reguladores de velocidade e de tensão da Unidade Geradora 1 da Usina Hidrelétrica Cana Brava.

Em relação às usinas termelétricas, as manutenções programadas nas Unidades Geradoras 2, 4 e 5 do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e na Unidade 3 da Usina Termelétrica Willian Arjona foram os eventos que mais afetaram a disponibilidade, somados ao desligamento da Usina Termelétrica Charqueadas. Nas usinas complementares, a disponibilidade foi afetada pela manutenção na turbina da Unidade 3 da Pequena Central Hidrelétrica José Gelázio da Rocha.

Disponibilidade das usinas, excluídas as paradas programadas

Em 2016, a produção total líquida de energia elétrica alcançou 43.521 GWh (4.968 MW médios), uma redução de 6,3% em relação a 2015. Do total gerado, as hidrelétricas foram responsáveis por 38.078 GWh (4.347 MW médios), redução de 3,2%; as termelétricas, por 4.113 GWh (470 MW médios), redução de 29,3%; e as usinas complementares, por 1.332 GWh (152 MW médios), um incremento de 0,5% em relação ao ano anterior. GRI G4-EU2

Geração de energia elétrica líquida (MW médios)

Eficiência média das usinas termelétricas G4-EU11

Usina Termelétrica /UnidadePotência instalada (MW)Eficiência média (%)Combustível principalValor de referência Aneel (RN 500)
Complexo Jorge LacerdaUTLA110022,578Carvão30
UTLA213228,79Carvão30
UTLB26228,244Carvão35
UTLC36333,595Carvão35
Total CTJL385730,329Carvão33,6
CharqueadasUTCH3618,311Carvão25

1. Os valores de referência presentes na Resolução Normativa Nº 500 da Aneel referem-se apenas às usinas termelétricas a carvão. 2. As unidades da UTLA foram destacadas individualmente (em 1 e 2) porque são diferentes sob diversos aspectos (tempo de operação, fabricante, capacidade instalada etc.). 3. No caso de complexos termelétricos onde exista mais de uma usina pertencente a um mesmo concessionário, a aplicação da referência para a eficiência energética líquida poderá ser feita de forma conjunta.

Nas usinas hidrelétricas, a queda de produção está relacionada às condições hidrológicas menos favoráveis em 2016. As termelétricas, por sua vez, registraram queda da geração em relação ao ano anterior devido à redução da geração por mérito, ao desligamento temporário, por conveniência operacional, da Usina Termelétrica Willian Arjona, e ao desligamento definitivo da Usina Termelétrica Charqueadas.

A geração das usinas complementares ficou praticamente estável, com queda na geração das PCHs devido à baixa afluência, compensada pelo aumento na geração das usinas eólicas, decorrente do início da operação comercial das Centrais Eólicas Santa Mônica e Cacimbas.

Devido à adoção do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), que compartilha os riscos de geração hidrelétrica entre os seus participantes, o aumento da geração hidrelétrica da Companhia não resulta, necessariamente, na melhoria de seu desempenho econômico-financeiro. Da mesma forma, a redução desse tipo de geração não implica obrigatoriamente na deterioração do desempenho econômico-financeiro. Em relação à geração termelétrica da Companhia, o seu aumento reduz a exposição ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), sendo o inverso também verdadeiro, mantidas as outras variáveis.

A infraestrutura do COG inclui recursos tecnológicos altamente sofisticados, que permitem o monitoramento em tempo real e asseguram a confiabilidade do sistema.

Operação remota

Em 10 de outubro de 2016, foram iniciadas as atividades de operação remota da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra e das Pequenas Centrais Hidrelétricas José Gelázio da Rocha e Rondonópolis. Localizados em Mato Grosso, esses empreendimentos passaram a ser controlados a partir do Centro de Operação da Geração (COG), instalado na sede da Companhia, em Florianópolis (SC).

Projetada com foco em digitalização e excelência operacional, a infraestrutura do COG inclui recursos tecnológicos altamente sofisticados, que permitem o monitoramento em tempo real e asseguram a confiabilidade do sistema. Para isso, foram realizadas diversas adaptações nos sistemas, equipamentos e procedimentos existentes, além de treinamento intensivo dos operadores, totalizando um investimento da ordem de R$ 4 milhões. Todas as etapas de planejamento, execução e gestão do projeto foram realizadas pela Companhia, com baixo volume de contratações externas.

Cabe destacar que a ENGIE Brasil Energia detém ampla experiência em operação remota, adotada nas Usinas Hidrelétricas Cana Brava (GO) e São Salvador (TO), que são controladas a partir da Usina Hidrelétrica Salto Santiago (PR), e na Usina Hidrelétrica Passo Fundo (RS), operada remotamente na Usina Hidrelétrica Itá (SC). Além disso, antes de integrarem o COG, as Pequenas Centrais Hidrelétricas José Gelázio da Rocha e Rondonópolis, ambas em Mato Grosso, eram controladas a partir da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra.