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Alinhada às melhores práticas de governança corporativa adotadas pelo mercado, o que inclui as diretrizes do Sarbanes-Oxley Act, a ENGIE Brasil Energia conduz seus negócios pautada pela ética e pela integridade, empenhando-se em assegurar os direitos dos acionistas e a transparência de suas ações.

A Companhia integra o Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento destinado à negociação de ações de empresas que desenvolvem, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às exigidas pela legislação brasileira. A listagem nesse segmento exige a adoção de regras societárias que ampliam os direitos dos investidores, além de uma abrangente política de divulgação de informações ao mercado.

A fim de proteger o interesse de todos os seus acionistas, a ENGIE Brasil Energia lhes assegura os seguintes direitos:

  • Votar em Assembleia Geral, ordinária ou extraordinária. 

  • Encaminhar recomendações ao Conselho de Administração por meio de canal específico no Portal Investidores do website. 

  • Receber dividendos e participar da distribuição de lucros ou outras distribuições. 

  • Fiscalizar a Administração e retirar-se da Companhia nas situações previstas na Lei das Sociedades por Ações. 

  • Receber no mínimo 100% do preço pago por ação ordinária do bloco de controle, conforme regulamento do Novo Mercado, em caso de oferta pública de ações em decorrência da alienação do controle (100% de tag along). 

O Estatuto Social da ENGIE Brasil Energia estabelece que qualquer disputa entre seus acionistas, especialmente as relacionadas ao mercado de capitais e ao direito societário, seja resolvida na Câmara de Arbitragem do Mercado – órgão ligado à BM&FBovespa, independente e sigiloso, para a solução de controvérsias.

Essas e outras diretrizes acerca da relação estabelecida entre a ENGIE Brasil Energia e seus acionistas podem ser consultadas no Estatuto Social da Companhia, disponível em seu website (www.engieenergia.com.br).

A Companhia integra o Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento destinado à negociação de ações de empresas que desenvolvem, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às exigidas pela legislação brasileira.

Estrutura da Administração GRI G4-34

A Assembleia Geral dos Acionistas (AGA) constitui a instância máxima decisória na estrutura de governança da ENGIE Brasil Energia, seguida pelo Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva.

Organograma da Administração (em 31.12.2016)

Conselho de Administração GRI G4-38

O Conselho de Administração da ENGIE Brasil Energia tem por atribuição estabelecer políticas, estratégias e diretrizes gerais para a condução dos negócios. A análise de aspectos e impactos econômicos, ambientais e sociais da Companhia também está sob responsabilidade dos conselheiros, que se reúnem ordinariamente para análise de desempenho, supervisão dos atos administrativos e orientação da Diretoria Executiva.

Conforme prevê o Estatuto Social, o Conselho deve ser composto por no mínimo cinco e no máximo nove membros efetivos e igual número de suplentes, todos eleitos pela Assembleia Geral dos Acionistas (AGA). Seu mandato é de dois anos, sendo permitida a reeleição. No mínimo 20% dos integrantes devem ser independentes, seguindo o regulamento do Novo Mercado da BM&FBovespa.

Em Assembleia realizada no dia 14 de abril de 2016, representantes dos acionistas elegeram, por meio de voto múltiplo, os membros do Conselho de Administração da ENGIE Brasil Energia para um mandato de dois anos (2016-2018)2. Dos nove membros, dois representam os acionistas minoritários e um atua como representante dos empregados. Em conformidade com as melhores práticas de governança, o presidente do Conselho de Administração não exerce função executiva na Companhia. GRI G4-39

2 Eleito em abril, o conselheiro Shankar Krishnamrthy foi substituído por Paulo Jorge Tavares Almirante, conforme decisão da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 14.07.2016.

Conselho de Administração (em 31.12.2016)

TitularesSuplentes
Maurício Stolle Bähr
Presidente
Natacha Marly Herero Et Guichard*
Manoel Arlindo Zaroni Torres
Vice-presidente
José Luiz Jansson Laydner
Dirk Achiel Marc BeeuwsaertGil de Methodio Maranhão Neto
José Pais Rangel
Representante de acionistas minoritários
José João Abdalla Filho
Representante de acionistas minoritários
Luiz Leonardo Cantidiano Varnieri Ribeiro
Representante de acionistas minoritários
Antonio Alberto Gouvêa Vieira
Representante de acionistas minoritários
Paulo Jorge Tavares AlmiranteGustavo Henrique Labanca Novo
Pierre Jean Bernard GuiollotMarcelo Fernandes Soares
Roberto Henrique Tejada Vencato
Representante dos empregados
Luiz Antônio Barbosa
Representante dos empregados
Willem Frans Alfons Van TwembekeJosé Carlos Cauduro Minuzzo

* Posse condicionada à autorização das autoridades competentes brasileiras.

Conselho Fiscal

De caráter permanente, o Conselho Fiscal da ENGIE Brasil Energia é responsável por analisar as Demonstrações Contábeis da Companhia, fiscalizar os atos da Diretoria Executiva e avaliar os sistemas de gestão de riscos e de controles internos. Além disso, cabe a esse órgão a análise das propostas a serem submetidas ao Conselho de Administração em caso de contratação de serviços complementares de auditoria das Demonstrações Financeiras.

O mandato dos três conselheiros fiscais, todos independentes, é de um ano, com possibilidade de reeleição. Em Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 14 de abril de 2016, os acionistas reelegeram os conselheiros fiscais que haviam atuado no ano anterior.

Conselho Fiscal (em 31.12.2016)

TitularesSuplentes
Carlos Guerreiro PintoManoel Eduardo Bouzan de Almeida
Manoel Eduardo Lima LopesAilton Pinto Siqueira
Paulo de Resende SalgadoFlávio Marques Lisboa Campos


Cabe ao Conselho Fiscal a análise das propostas a serem submetidas ao Conselho de Administração em caso de contratação de serviços complementares de auditoria das Demonstrações Financeiras.

Diretoria Executiva

Designada pelo Conselho de Administração e eleita em Assembleia Geral, a Diretoria Executiva atua na forma de colegiado, com abordagem matricial dos assuntos, respeitadas as atribuições específicas. Ao diretor-presidente cabe crdenar e orientar as atividades dos demais diretores, delegar tarefas e conduzir a execução das estratégias traçadas pelo Conselho de Administração.

Em 2016, a Companhia reestruturou as áreas de atuação da Diretoria Executiva. Assim, foram criadas três diretorias: Diretoria de Geração, que agrega atividades relativas à geração de energia e à implantação de novos empreendimentos; Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, focada na identificação de oportunidades e na viabilização de seu aproveitamento, e Diretoria de Estratégia e Regulação, a qual crdena atividades de planejamento, controle e ações estratégicas.  

Esse processo também foi marcado pela sucessão na presidência da Companhia. Com a saída de Manoel Arlindo Zaroni Torres, que assumiu a vice-presidência do Conselho de Administração, Eduardo Antonio Gori Sattamini foi eleito o novo diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia e iniciou sua gestão em 30 de junho de 2016.



Eduardo Antonio Gori Sattamini foi eleito o novo diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia.

Diretoria Executiva (em 31.12.2016)

NomeCargo
Eduardo Antonio Gori SattaminiDiretor-Presidente e Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Edson Luiz da SilvaDiretor de Estratégia e Regulação
Gustavo Henrique Labanca NovoDiretor de Desenvolvimento de Negócios
José Luiz Jansson LaydnerDiretor de Geração
Júlio César LunardiDiretor Administrativo
Marco Antônio Amaral SureckDiretor de Comercialização de Energia

Comitês

A fim de auxiliar conselheiros e diretores nos processos de tomada de decisão relacionados a temas específicos, a ENGIE Brasil Energia mantém 11 comitês, que atuam como órgãos consultivos. São eles:

11 COMITÊS

auxiliam conselheiros e diretores nos processos de tomada de decisão relacionados a temas específicos.

Comitê Estratégico

Trata de temas específicos, pautados pelo Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva, tais como a seleção e o acompanhamento dos projetos de expansão do parque gerador e a análise de tendências do setor elétrico, entre outros aspectos relativos à estratégia da Companhia.  

Comitê de Performance Humana

Responsável pela análise de temas voltados à segurança e à produtividade dos empregados e terceirizados, bem como à disponibilidade das usinas e à redução dos custos operacionais e impactos ambientais.  

Comitê Financeiro

Tem como atribuições propor e acompanhar a aplicação de políticas e o desenvolvimento de atividades relacionadas a finanças corporativas, tesouraria, seguros e riscos financeiros. 

Comitê de Energia

Delibera a respeito da estratégia de comercialização de energia e propõe ações para a gestão de risco do portfólio de clientes. 

Comitê de Gerenciamento de Risco

Responsável por promover a conscientização quanto aos riscos corporativos, definir metas e diretrizes e sugerir melhorias de gestão, além de estabelecer os procedimentos de controle dos riscos da Companhia. 

Comitê de Inovação

Fortalece a cultura empreendedora na Companhia, estimulando a inovação contínua de processos e de modelos de negócios. 

Comitê de Governança Tributária

Analisa assuntos de natureza tributária, propondo ações que gerem menor exposição a riscos relacionados ao tema, bem como o aproveitamento de benefícios fiscais.  

Comitê de Sustentabilidade

Contribui para consolidar a sustentabilidade como parte da cultura organizacional da Companhia, propondo metas e ações relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Estimula iniciativas e avalia solicitações de apoio a ações em benefício das comunidades onde a ENGIE Brasil Energia está inserida.   

Comitê Especial Independente para Transações com Partes Relacionadas

Instalado pelo Conselho de Administração em situações nas quais a Companhia pretende negociar qualquer transação com partes relacionadas. Com maior número de membros de representantes de acionistas minoritários no Conselho de Administração, cabe ao Comitê analisar, negociar, aprovar ou reprovar a realização dessas transações. 

Comitê de Ética

Responsável por divulgar, aplicar e monitorar os referenciais de ética estabelecidos pela Companhia, visando à prevenção do risco ético e à promoção de boas práticas profissionais, em conformidade com os compromissos da ENGIE Brasil Energia.  

Comitê de Segurança em Sistemas de Controle Industrial

Busca garantir a segurança dos sistemas de controle industrial da Companhia, por meio da proposição, da implementação e do monitoramento de políticas e planos de ação que envolvem as diversas áreas da ENGIE Brasil Energia.  

Políticas e diretrizes de gestão

Os códigos e políticas corporativos adotados pela ENGIE Brasil Energia expressam seus valores e sua cultura organizacional, balizando a condução dos negócios, bem como a relação com os diferentes públicos com os quais a Companhia interage. Esses documentos são desenvolvidos, revisados e atualizados periodicamente, a fim de assegurar sua compatibilidade com os cenários externo e interno.

Em 2016 foi lançada, em complemento ao Código de Ética já existente, a Política de Ética da ENGIE Brasil Energia. O documento estabelece diretrizes para a incorporação de princípios éticos na estratégia, na gestão e nas práticas profissionais da Companhia, com o objetivo de orientar sua ação em todos os lugares e circunstâncias, de acordo com os valores corporativos e em cumprimento a leis e regulamentos vigentes. Também em 2016 foi aprovada pelo Conselho de Administração uma nova Política de Gestão de Riscos e Oportunidades. GRI G4-56

A nova Política de Gestão de Riscos e Oportunidades foi aprovada pelo Conselho de Administração em 2016.

Políticas compartihadas

As políticas e códigos corporativos compartilhados com os públicos de relacionamento, disponíveis no website, são:

Código de Ética

Conjunto de princípios fundamentais a ser seguido por todos que direta ou indiretamente se envolvem em ações de responsabilidade da Companhia. 

Código de Meio Ambiente

Estabelece os compromissos da Companhia com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. 

Política ENGIE de Gestão Sustentável

Expressa as diretrizes da Companhia em relação a qualidade, meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, responsabilidade social e gestão da energia. 

Política ENGIE Sobre Mudanças Climáticas

Estabelece compromissos e ações com a finalidade de contribuir para a mitigação e a adaptação à mudança do clima. 

Política de Direitos Humanos

Estabelece compromissos e diretrizes com foco no respeito aos direitos humanos em seus projetos, operações e em sua cadeia de valor.  

Política de Engajamento de Stakeholders

Detalha os procedimentos a serem adotados pela Companhia e suas controladas no relacionamento com seus públicos nas etapas de desenvolvimento, implantação e operação de empreendimentos sob sua responsabilidade. 

Política de Divulgação de Informações e de Negociação de Ações

Estabelece as práticas de divulgação e uso de informações corporativas, assim como a política de negociação de valores mobiliários de emissão da ENGIE Brasil Energia, como ações e debêntures. 

Política de Investimentos e Derivativos

Define critérios para a aplicação de recursos disponíveis no mercado financeiro e limites para a utilização de derivativos. 

Ética e integridade

O compromisso da ENGIE Brasil Energia com a ética e a integridade foi reforçado em 2016, com a aprovação, pelo Conselho de Administração, da Política de Combate a Corrupção e Suborno. No documento, compartilhado com empregados, fornecedores e outros públicos de interesse, a Companhia define diretrizes que repudiam práticas corruptivas, em qualquer nível ou instância de relacionamento. Assim, reitera que a corrupção e o suborno são contrários aos princípios éticos praticados pela ENGIE Brasil Energia, de modo que a Companhia não os tolera, sob nenhuma hipótese, em todos os seus negócios com os setores público e privado. GRI G4-56

A Política também orienta quanto aos mecanismos adotados para a realização de denúncias, definindo o Comitê de Ética como canal prioritário e sigiloso para seu recebimento. Cabe também ao Comitê monitorar rigorosamente todas as políticas preventivas, procedimentos e processos da Companhia relacionados à prevenção de corrupção e suborno. GRI G4-57; G4-58

A fim de assegurar o cumprimento da nova Política, bem como de seu Código de Ética,  a ENGIE Brasil Energia possui práticas regulares voltadas à prevenção e à verificação de situações de risco e fatos impróprios, tais como processos de due diligence, auditorias, programas de treinamento e conscientização, disposições contratuais e um programa de controle interno das atividades da Companhia. Para obtenção de informações, orientações ou realização de denúncias de violações dos princípios éticos e de conformidade, a Companhia oferece os seguintes canais:

  • Website: para manifestações anônimas ou identificadas.  

  • E-mail: [email protected] - para manifestações identificadas.  

Como resultado desse trabalho, em 2016 não foram registrados casos de corrupção envolvendo a Companhia. GRI - G4-SO5

A Política de Combate a Corrupção e Suborno, aprovada pelo Conselho de Administração em 2016, define diretrizes que repudiam práticas corruptivas, em qualquer nível ou instância de relacionamento.

Controles internos

A ENGIE Brasil Energia prioriza a conduta ética de suas controladas. Além do Código e da Política de Ética, a Companhia adota um programa rigoroso de controles internos: o Income, aplicado por todas as empresas controladas direta ou indiretamente. Sua implantação ocorreu a partir de 2005, com o objetivo de atender à lei norte-americana Sarbanes-Oxley. Todas as operações estão incluídas em 12 processos, os quais, por sua vez, estão divididos em 14 subprocessos. Além da avaliação dos controles internos pelos processos e subprocessos, previstos no Income, é realizada uma análise do ambiente geral de controle, baseada na metodologia do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO).

Os resultado dos testes de Auditoria Interna e da análise do ambiente geral de controle são aprovados pelo Diretor-Presidente, pelo Diretor Financeiro e pelo Diretor de Relações com Investidores. Posteriormente, essas avaliações são submetidas ao Conselho de Administração.

Gestão de riscos e oportunidades

Avaliação e controle

A análise de riscos e oportunidades empresariais consiste em um processo sistemático na ENGIE Brasil Energia, que permeia suas atividades e envolve a alta gestão e todo o quadro funcional. Em 2016, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a nova Política de Gestão de Riscos e Oportunidades, documento interno que baliza a condução dos negócios, com os seguintes objetivos:

  • Criação e manutenção de valor, da reputação e da motivação interna. 

  • Encorajamento de um certo nível de tomada de risco, razoável em relação a aspectos legais, econômicos e socioambientais. 

  • Asseguração da conformidade das ações com as obrigações legais e regulatórias, bem como com os valores da ENGIE Brasil Energia. 

Conforme prevê a Política, a análise dos riscos empresariais compreende sua identificação e classificação quanto à probabilidade de ocorrência e à significância em termos de impacto financeiro, estratégico e operacional.  Entre os riscos avaliados e tratados, destacam-se: GRI G4-14

A análise dos riscos compreende sua identificação e classificação quanto à probabilidade de ocorrência e à significância em termos de impacto financeiro, estratégico e operacional.

Risco de mercado

A oferta e a demanda de energia elétrica podem ter comportamento diferente do previsto, com impacto nos volumes e preços da energia.  

Risco regulatório

Evolução adversa da regulação do setor elétrico. Historicamente, o governo federal exerce um grau substancial de influência sobre os negócios da Companhia, inclusive sobre as modalidades, os termos e as condições dos contratos de venda de energia que a ENGIE Brasil Energia está autorizada a celebrar, bem como sobre os níveis de produção. 

Risco tributário

Evolução adversa da legislação tributária e da atuação dos órgãos arrecadadores. 

Risco de fatores econômicos

Alteração nas variáveis econômicas, como juros, câmbio, preço das commodities, crescimento econômico e inflação, com impacto nos negócios da Companhia.  

Risco de quebra de contrato

Descumprimento de disposições constantes dos contratos de venda e compra de energia firmados pela Companhia e das regras de comercialização na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Outro aspecto relevante nesse sentido é a possibilidade de algum contrato de concessão firmado com o governo federal ser rescindido, unilateralmente, em condições imprevistas.  

Risco socioambiental das usinas em operação

Evolução adversa da regulação ambiental e da atuação de movimentos sociais organizados em relação às usinas em operação.   

Risco no desenvolvimento e implantação de novos projetos

Ocorrência de eventos no desenvolvimento e na implantação de projetos que gerem atraso no cronograma da obra ou custos adicionais na implantação ou na operação da usina. 

Risco de indisponibilidade de energia

Indisponibilidade da garantia física das usinas próprias e da energia comprada. Entre os fatores que podem influenciar a disponibilidade estão a baixa hidrologia e a falta de combustíveis para termelétricas convencionais e a biomassa. A escassez de fontes primárias, em conjunto com a obrigação de entrega da energia assegurada, poderá resultar na exposição da Companhia ao mercado de energia de curto prazo, no qual os preços tendem a ser elevados.  

Risco de recursos humanos

Indisponibilidade de pessoal (empregados próprios ou terceirizados), em função de não contratação e treinamento em tempo hábil para atender à expansão da Companhia e à reposição do quadro; aumento de custos por concorrência por recursos humanos em virtude do crescimento econômico; greves e paralisações, além de acidentes de trabalho.  

Risco de tecnologia da informação

A indisponibilidade e a falta de segurança dos recursos de tecnologia da informação podem impactar negativamente as operações e a imagem da Companhia. 

Risco de sinistro de grandes proporções

Acidentes e desastres de grandes proporções por causas naturais e humanas, envolvendo a implantação de projetos, a operação das usinas e a administração da Companhia. O pagamento de substanciais custos de recuperação do meio ambiente e indenizações ambientais podem obrigar a ENGIE Brasil Energia a retardar ou a redirecionar investimentos em outras áreas, com efeito desfavorável aos negócios. 

Risco de ética e direitos humanos

Descumprimento, interno ou com conluio externo, de valores éticos e de direitos humanos — corrupção, uso fraudulento da Companhia, interferência na lei de concorrência, e desrespeito às condições e aos relacionamentos de trabalho. 

Planos de Contingência GRI G4-DMA Setorial

No âmbito dos processos de gestão de risco, constituem um ponto de controle permanente da Companhia as situações de emergência, caracterizadas por acidentes e desastres de grandes proporções por causas naturais e humanas, envolvendo a implantação de projetos, a operação das usinas e a administração do negócio. Nesse sentido, todas as usinas certificadas conforme a norma NBR ISO 14001 mantêm Planos de Atendimento a Emergências, os quais preveem ações específicas para diversos cenários emergenciais, identificados de acordo com a realidade e a natureza de cada empreendimento.

No caso das barragens, todas as operadas pela ENGIE Brasil Energia estão classificadas como de baixo risco na matriz de risco regulamentada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e adotada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Companhia adota as melhores práticas de Engenharia em seus projetos hidrelétricos, desde a construção até a operação e manutenção das plantas, contemplando o monitoramento das estruturas civis por meio de inspeções, análises e manutenções preventivas, realizadas por equipe especializada. Dessa forma, mitigam-se os impactos potenciais sobre a vida humana, o meio ambiente e a economia.

A metodologia de segurança de barragens adotada pela ENGIE Brasil Energia segue a Resolução Normativa Nº 696 da Aneel, de dezembro de 2015, e a Lei n°12.334, de setembro de 2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens, bem como, os critérios recomendados pelo ICOLD - International Commission on Large Dams e CBGB – Comitê Brasileiro de Grandes Barragens. Com base nessa normatização, a Companhia elaborou os Planos de Segurança de Barragens para todas as UHEs sob sua responsabilidade.

Cenários e perspectivas

Assim como o processo de gestão de riscos, a identificação de oportunidades é realizada de forma sistemática pela Companhia, considerando sua visão de longo prazo. Nesse sentido, a análise de oportunidades de negócio tem como base as perspectivas de negócios e o contexto de sustentabilidade do setor elétrico.

Expansão da matriz energética brasileira

Atualmente, o Brasil possui 4.645 usinas em operação, com potência instalada de 150.135.737 MW. De acordo com a Aneel, as usinas hidrelétricas ainda são a principal fonte de geração de energia no País, representando 60,9% da capacidade instalada, seguidas pelas termelétricas, responsáveis por 27,4% da capacidade, conforme demonstram a tabela e o gráfico a seguir – divididos por tipo de geração. GRI G4-EU10

Potência instalada brasileira (até 31.12.2016)

TIPOQuantidadePotência (kW)%
Usinas Hidrelétricas (UHE)21991.499.17860,9%
Usinas Termelétricas (UTE)2.94741.2099.70927,4%
Usinas Eólicas (EOL)41310.123.9428,9%
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)4414.918.9673,3%
Usinas Termonucleares (UTN)21.990.0001,3%
Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH)581480.9330,3%
Usinas Fotovoltaicas (UFV)4223.0080,00
SUBTOTAL4.645150.135.737100,0

Fonte: Aneel - Boletim de Informações Gerenciais (06.03.2017).

A expansão da energia elétrica no Brasil, composta pelos empreendimentos de geração outorgados que estão em implantação – processo fiscalizado periodicamente pela Aneel –, é de 757 usinas, totalizando 37.139,65 MW de capacidade a ser instalada nos próximos anos.

O gráfico a seguir – publicado pela Agência em outubro de 2016 – mostra os números da implantação desses empreendimentos, indicando potência (em MW) e a quantidade de usinas por tipo de geração. Identifica, ainda, a subdivisão por classe de combustível para as termelétricas.  

Supervisão da implantação por tipo de geração, potência (MW) e quantidade de usinas

Fonte: Aneel

Previsão de capacidade instalada no Brasil (em GW)

Fonte: Aneel

Sustentabilidade no setor elétrico

O contexto do setor energético, em âmbito global, exige que os agentes do setor atuem e planejem suas ações futuras com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável. As mudanças estruturais nos sistemas de energia, que caracterizam a chamada transição energética, têm levado empresas e governos a direcionar esforços no sentido de tornar a oferta de energia cada vez mais abrangente e eficiente, ao mesmo tempo em que se reduzam as emissões de carbono. O objetivo é encontrar o equilíbrio entre a ampliação do acesso à energia e a mitigação das mudanças do clima, a fim de que seja cumprida a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, em 2015: manter em no máximo 2oC o aumento da temperatura global em relação aos níveis pré-industriais.

Como em outros segmentos econômicos, os efeitos das mudanças do clima impactam diretamente as operações do setor elétrico. Ciente disso, a Companhia avalia os riscos relacionados, que incluem queda de receita e aumento de custos - tanto em virtude de mudanças regulatórias quanto em decorrência da alteração do regime hidrológico ou da incidência de ventos, por exemplo. No âmbito desses riscos, há sinalização de uma futura taxação das emissões de CO2 e, também, de que tais emissões poderão integrar os critérios de despacho de energia definidos pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Nesse contexto, a matriz de riscos da Companhia inclui aspectos referentes ao tema, os quais são monitorados sistematicamente. No entanto, a magnitude dos impactos que tais aspectos podem ter sobre o desempenho financeiro da ENGIE Brasil Energia ainda é de difícil projeção. GRI G4-EC2

No infográfico a seguir, apresentamos alguns conceitos, tendências e oportunidades relacionados à transição energética, bem como seus reflexos para a sociedade.

As mudanças estruturais nos sistemas de energia, que caracterizam a chamada transição energética, têm levado empresas e governos a direcionar esforços no sentido de tornar a oferta de energia cada vez mais abrangente e eficiente, ao mesmo tempo em que se reduzam as emissões de carbono.

Transição energética