Projetos de melhorias nas instalações garantiram redução de:
10% no consumo de energia na planta de nitrocelulose
5% no consumo de água da Companhia
Todos os indicadores ambientais são atrelados a metas e acompanhados anualmente.
Água
Toda a água utilizada em nosso processo produtivo é captada diretamente no rio Tietê. O consumo gira em torno de 400 metros cúbicos por hora, controlado por hidrômetros. A água desse rio, conhecido pelo alto grau de concentração de poluentes urbanos, é, após a captação, tratada em uma estação interna antes de seu uso nas unidades fabris. Na planta de nitrocelulose, a água é reusada em diversos processos antes de ser considerada efluente, reduzindo o consumo de água filtrada. No processo do ácido sulfúrico, ainda se utiliza o efluente industrial em um lavador de gases, cujo consumo é de 40 metros cúbicos por hora. Com foco na redução de consumo, a Nitro Química aplica o projeto Lean Six Sigma, metodologia para melhorar o desempenho por meio da eliminação de desperdícios.
Todo efluente vai para uma estação de tratamento de efluentes (ETE) da Nitro Química. Nessa ETE interna, ele passa por um tratamento primário (correção de pH e retenção de sólidos) e são realizados controles para garantir a qualidade desse efluente. Em seguida, recebe um segundo tratamento, desta vez, biológico, em uma estação da Sabesp. De lá, parte da água é devolvida ao rio e parte é aproveitada para reúso. O descarte de efluentes é de aproximadamente 400 metros cúbicos por hora. G4-EN22
A água na Nitro Química
Água de transporte (40 m³/h): uso em uma das etapas de produção da nitrocelulose (digestão). O produto passa por uma fervura e a água drenada é filtrada e enviada a um sistema de reúso.
Lavador de gases da fusão de enxofre (72 m³/h): o processo de produção de ácido sulfúrico conta com abatimento de gases gerados por meio de água proveniente da própria estação de tratamento de efluentes (ETE)
Osmose reversa (20 m³/h): no próprio processo de tratamento de água, parte do volume que seria descartado como efluente é enviada à estação de tratamento, onde passa para posterior utilização como água industrial.
Nos últimos anos, a Companhia tem mantido uma média de aproveitamento de água em torno de 15% em relação ao total retirado das fontes (G4-EN8). Em 2016, o volume total de água reutilizada foi de 571.525 m³.
Total de água retirada por fonte em m3
G4-EN8
Água reciclada e reutilizada
G4-EN10Volume de efluentes descartados em m³
G4-EN22
Emissões
G4-EN15, G4-EN16, G4-EN17As principais emissões da operação da Nitro Química são de COX (óxidos de carbono) e SOX (óxidos de enxofre), da queima de enxofre para produção de ácido sulfúrico, e de NOX (óxidos nitrosos), oriundo da fabricação de nitrocelulose. Embora os indicadores de emissões estejam abaixo do nível estabelecido pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a Nitro Química tem indicadores próprios mais exigentes que as do órgão ambiental. A emissão de SOX e NOX é monitorada online em tempo real e os relatórios são enviados à Cetesb. Para 2018, está prevista uma mudança na tecnologia da planta de ácido sulfúrico que trará diminuição às emissões de SOX.
Desde 2004, a Nitro Química realiza o levantamento e o monitoramento de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), conforme a ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol para emissões dos escopos 1 e 2. Não são mensurados os dados de escopo 3, pela dificuldade de rastrear essas emissões na cadeia. Em 2017 será avaliada a possibilidade de ampliar essa medição.
As emissões de gases SOX e NOX são monitoradas em tempo real
A partir de 2015, houve aumento no consumo de gases de refrigeração para atendimento da demanda da fábrica, que implicou maior volume de emissões fugitivas. Em relação à emissão em transportes, houve mudança na empresa prestadora de serviços e, por isso, podem ter havido alterações na contagem de dados.
Emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1) por fonte em toneladas eq. C02
G4-EN 15*Escopo 1 – Emissões da própria organização.
1 A partir de 2017, será considerada também a emissão de materiais, produtos e resíduos.
Emissões indiretas de gases de efeito estufa (escopo 2) por fonte em toneladas eq. C02
G4-EN 16
Autogeração de energia
Produzimos até 40% de toda a energia utilizada em nossa fábrica por meio de uma pequena usina interna. Uma turbina instalada na Central de Geração de Utilidades aproveita o vapor da queima de enxofre na fabricação do ácido sulfúrico para gerar energia. Em 2018, com o aumento da capacidade da fábrica de ácido sulfúrico, a empresa deve alcançar o índice de cerca de 50% da geração de energia.
Emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa (escopos 1 e 2) por fonte em toneladas eq. C02
Categoria | Fonte emissora | 2014 | 2015 | 2016 |
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NOx (ppm) | Ácido nítrico – processo de fabricação de nitrocelulose | 31.055 | 34.939 | 34.019 |
SOx (t) | Queima de enxofre para produção de ácido sulfúrico (H2SO4) | 334 | 367 | 424 |
COx (m3) | Queima de gás natural para geração de vapor (caldeiras) | 9.618 | 10.639 | 3.747 |
NOX – Medição direta, valores medidos por analisador online instalado na saída da coluna de absorção.
SOX – Cálculos estequiométricos realizados com base no rendimento da produção de ácido sulfúrico.
COX – Cálculos baseados no consumo anual de gás natural utilizando fator de emissão.
Resíduos
Buscamos continuamente alternativas sustentáveis para a gestão dos resíduos gerados. O lodo oriundo da estação interna de tratamento de efluente será enviado, a partir de 2017, para a compostagem. Realizado em parceria com empresa especializada, esse processo biológico por meio do qual micro-organismos transforma a matéria orgânica do lodo em um composto próprio para ser utilizado como fertilizante na agricultura. Até 2016, o lodo era enviado a aterro sanitário.
Os solventes, resultantes da fabricação dos novos produtos, estão sendo destinados desde 2016 a uma empresa que realiza a reciclagem e a recuperação dessas substâncias para desenvolver thinner para diluição de tintas e limpeza de máquinas industriais.
A empresa conta com empresas especializadas para apoiar a destinação dos resíduos, sendo que aqueles considerados perigosos são transportados para fora da Companhia.
G4-EN23: Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição
G4-EN25: Peso de resíduos transportados, considerados perigosos
Destinação | 2014 | 2015 | 2016 | Tipo de resíduos destinados |
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Reutilização | 1.539 | 1.015 | 1.463 | Borra de enxofre e madeira |
Reciclagem | 181 | 290 | 496 | Papel, papelão, plástico e sucata ferrosa |
Aterro sanitário | 2.029 | 1.743 | 2.013 | Entulho, lixo de restaurante, produtos não perigosos em desuso, resíduos de varrição de fábrica, isolamento térmico e lodo da ETE |
Total | 3.748 | 3.046 | 3.972 |
Destinação | 2014 | 2015 | 2016 | Tipo de resíduos destinados |
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Reciclagem (calcinação) | 2,26 | 31,41 | 0,60 | Catalizadores de V2O5, lâmpadas, pilhas e baterias |
Recuperação | 11,1 | 15,0 | 3,2 | Óleo lubrificante usado/queimado; solventes e resinas |
Incineração | 1,3 | 3,7 | 1,3 | Reagentes de laboratório e resíduos líquidos contaminados |
Coprocessamento | 15,4 | 19,8 | 11,9 | Resíduos sólidos diversos contaminados |
Total | 30,06 | 69,91 | 17 |