Meio ambiente e ecoeficiênciaNos produtos: inovação tecnológica

Dentro do escopo do Desafio Ambiental Toyota 2050, a matriz TMC assumiu dois compromissos que impactam diretamente seu portfólio de veículos. O primeiro diz respeito a uma redução absoluta de 90% nas emissões de CO2 em veículos, em comparação com níveis de 2010. Além disso, a companhia se comprometeu a estabelecer um modelo baseado em reciclagem – que preconiza a produção de veículos adequados para o descarte e disposição de partes pós-uso, visando ao seu reaproveitamento, inclusive, na própria indústria automotiva.

Reconhecendo a magnitude desse desafio no contexto nacional, a TDB atua em sintonia com as diretrizes globais e busca participar da construção de conhecimento no setor, por meio do investimento em tecnologia de ponta para melhorar a performance ambiental dos veículos e do engajamento da cadeia de valor em temas como logística reversa e adoção da tecnologia híbrida.

Logística reversa: veículos e peças

A TDB tem trabalhado, junto com o setor automotivo, para estudar maneiras de alinhar as práticas da indústria à Lei n° 12.977, sancionada em 2014, que regula e normatiza a atividade de desmontagem e disposição de veículos automotores pós-uso. Fóruns como a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) e a Anfavea são os espaços para promoção de tais debates.

Além disso, a companhia segue diretrizes da matriz TMC que facilitam o processo de descarte – a exemplo do Corolla, líder absoluto de vendas no segmento de sedãs médios, cujo projeto é adaptado para a reciclagem, permitindo a destinação de peças e componentes ao fim do ciclo de vida. Entre os diferenciais, estão o revestimento fabricado com resina e o painel central feito a partir do Polímero Toyota Super Olefina (TSOP), 100% reciclável e elaborado pela própria empresa.

Desde 2008, a empresa mantém um programa com distribuidores para permitir a logística reversa de pneus e baterias. Todas as baterias de reposição vendidas pelos dealers aos clientes são recicladas e têm preço diferenciado para os distribuidores; para isso, porém, eles devem destinar todas as baterias usadas trocadas dos carros dos clientes, consideradas inservíveis. Por motivos de reparos, no ano fiscal também foram destinadas 35 baterias do sistema hibrido (High Voltage) do Prius para uma empresa especializada na Bélgica, que possui tecnologia para reciclagem deste tipo de material. Em 2015, foram mais de 550 toneladas de baterias destinadas. Quanto aos pneus, no ano, cerca de 105 mil unidades foram coletadas no Brasil e encaminhadas a ecopontos autorizados.

Eliminação de substâncias G4-14

A TDB adota voluntariamente a prática de eliminar de seu processo produtivo e da composição de veículos, embalagens e peças de reposição as chamadas Substances of Concern (SoC). Seguindo diretrizes da matriz TMC, são quatro SoCs em expansão para uma lista de 11 compostos – que devem ser eliminados não apenas das atividades da companhia, mas também de seus fornecedores.

Pesquisa & Desenvolvimento:
novo centro em São Bernardo

A TDB inaugurou, em agosto de 2016, o primeiro centro de pesquisa aplicada da marca na América Latina e o quarto do mundo fora do Japão. Situado dentro do complexo de São Bernardo do Campo, o novo espaço se soma a centros nos Estados Unidos, na Europa e na Tailândia para viabilizar estudos tecnológicos e fomentar a inovação adaptada às necessidades e demandas locais.

Como parte dos investimentos do projeto SBC Reborn, foram aplicados R$ 46 milhões no espaço – que permitirá à subsidiária no Brasil promover modificações em carros fabricados localmente, criar edições especiais e avaliar a adoção de novos materiais, além de mensurar a capacidade técnica de fornecedores de peças.

O primeiro trabalho do centro é uma nova versão do Etios (Platinum), com mudanças visuais nas partes dianteira e traseira. O modelo foi lançado também em agosto.

Além de inovações estéticas, o centro de pesquisa está preparado para atividades como testes de emissões, análises de matérias-primas e estudos sobre novos acessórios. A ideia de fortalecer atividades de P&D no País está em linha com as diretrizes do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto) – regulamentado a fim de fortalecer a produção e a inovação no setor em solo nacional.

Desempenho dos veículos G4-EN27

Como parte da visão de longo prazo do negócio, a Toyota busca incrementar a eficiência no uso de combustível por seus veículos. Historicamente, a companhia tem se adiantado às transformações regulatórias nos mercados, em linha com diretrizes da matriz TMC – a picape Hilux, por exemplo, ganhou o sistema iArt em 2012, a fim de adaptá-la para operar com todas as faixas de diesel disponível no Brasil enquanto o mercado se adaptava a modalidades menos poluentes.

Para mensurar o desempenho ambiental dos veículos, duas avaliações voluntárias são adotadas: Programa Nota Verde, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro.

O PBEV classifica os veículos em escalas de A a E, conforme a eficiência no uso de combustível, além de contemplar o selo Conpet de Eficiência Energética. Em 2015, a classificação geral da TDB se manteve no nível A, tanto na comparação absoluta quanto na de categoria, para o Prius e para o Etios sedã. O Corolla se manteve também com etiquetagem A, na comparação da categoria. No total, 100% dos veículos TDB foram etiquetados.

No Nota Verde, ação conjunta do PBEV com o Ibama, os veículos mantiveram performance positiva, considerando diversas emissões avaliadas, como monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos de não metanos (NMHC) e óxido de nitrogênio (NOx).

Outra frente de ação relevante é o investimento em tecnologias híbridas. Atualmente, a empresa discute, em âmbito setorial e com governos, os caminhos para dar impulso a essa e a outras modalidades de baixo impacto climático – em sintonia com a visão de mobilidade Toyota (leia mais em Mobilidade do futuro).

PBEV – desempenho TDB 2015/2016

Modelo

Classificação geral

Classificação na categoria

Nota Verde

(1 a 3 estrelas)

Selo Conpet

Etios Hatchback 1.3 (X, XS, XLS, Cross e Platinum) – manual

A

A

3 estrelas

Sim

Etios Hatchback 1.5 (X, XS, XLS, Cross e Platinum) – automático

B

A

3 estrelas

Sim

Prius

A

A

3 estrelas

Sim

Etios Sedan 1.5 (X, XS, XLS e Platinum)

A

A

3 estrelas

Sim

Corolla 1.8 e 2.0 (Gli, Altis, Xei)

B

A

3 estrelas

Sim

Camry 3.5 (XLE)

D

D

3 estrelas

Não

RAV 4 2.0 e 2.5 (4x2 e 4x4)

C

A

3 estrelas

Não

SW4 (SR, SR 5S e SR 7S)

E

E

Não

Hilux SW4 Diesel 4x4 (SRV e SRX)

D

A

Não

Hilux SW4 Gasolina 4x4 (SRX)

E

D

Não

Hilux (CD SERV 4x2 e 4x4, CD SR 4x2)

E

C

Não

Hilux 4x4 (SRX, SRV e SR)

D

B

Não

Hilux 4x4 (STD, SC e CC)

D

A

Não

100% Das linhas Toyota e Lexus no Brasil fazem parte voluntariamente do PBEV