Cenário macroeconômico
Ao longo de 2016, a economia brasileira deu sequência à desaceleração registrada no ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 3,6%1, acumulando retração de 9% desde o início da recessão econômica, em 2014. Foi a primeira vez que o País vivenciou dois anos seguidos de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial teve início em 1948. Em 2015, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.
O País registrou inflação oficial de 6,3%1 no ano – no teto da meta do governo, puxada principalmente pelos preços de alimentos. O déficit primário acumulado do setor público alcançou R$ 154,255 bilhões – valor que representa 2,4% do PIB, o pior resultado da série histórica2. O dólar comercial fechou 2016 em queda de 17,7% frente ao real, cotado a R$ 3,2497, a primeira queda anual desde 2010.
A produção industrial registrou queda de 6,6% em relação a 2015, ano em que já havia recuado 8,3%. O mercado de trabalho também foi afetado. Ao fim do ano, o número de desempregados no País alcançou a marca de 12,3 milhões de pessoas – a taxa de desocupação média para 2016 foi de 11,5%, acima dos 8,5% registrados em 2015.1
Um estudo sobre competitividade realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou o País em 17o lugar em um ranking composto por 18 países no total. Segundo a entidade, em virtude da recessão econômica, o Brasil retrocedeu em quatro dos nove fatores avaliados: disponibilidade e custo da mão de obra, ambiente macroeconômico, competição e escala do mercado doméstico e tecnologia e inovação. Por outro lado, houve melhora no item educação.