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Com foco na sustentabilidade, o modelo de negócio da ENGIE Brasil Energia busca responder com dinamismo aos desafios e às oportunidades vivenciados pelo setor energético em escalas global e local. A partir da compreensão de que as transformações em curso são naturais e necessárias à evolução da sociedade, a Companhia compartilha do objetivo proposto por sua controladora – a ENGIE – a todas as suas unidades de negócio: liderar a transição energética no mundo.

Assim, o modelo de negócio da ENGIE Brasil Energia se alinha às tendências de descarbonização, descentralização e digitalização, que vêm definindo o futuro do setor. Essa transição exige ampliar a visão do negócio, a fim de assegurar a criação de valor no médio e longo prazos. Dessa forma, as principais áreas de atuação da ENGIE Brasil Energia continuam sendo a geração centralizada, priorizando as fontes renováveis, e a comercialização de energia, ao mesmo tempo em que busca, cada vez mais, oferecer soluções integradas e inovadoras a pessoas, empresas e cidades. Em 2016, o ingresso no segmento de geração solar distribuída, por meio da controlada ENGIE Geração Solar Distribuída, representa um passo importante nesse sentido. GRI G4-8; G4-EC2

As principais áreas de atuação da Companhia continuam sendo a geração centralizada, priorizando as fontes renováveis, e a comercialização de energia, ao mesmo tempo em que busca, cada vez mais, oferecer soluções integradas e inovadoras a pessoas, empresas e cidades.

Estratégia de atuação

Os negócios da ENGIE Brasil Energia estão alicerçados em duas estratégias fundamentais, relacionadas à comercialização de energia e à expansão responsável do parque gerador.  

Comercialização de energia

A ENGIE Brasil Energia comercializa energia no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL). No regulado, a venda se dá por meio de leilões, tendo como premissa de participação que os preços-teto propostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitam viabilizar os empreendimentos em desenvolvimento pela Companhia.

No ambiente livre, a ENGIE Brasil Energia, por meio de sua comercializadora, procura vender gradativamente a energia disponível, com vistas a preços atrativos e à minimização do risco de exposição aos preços de curto prazo (spot ou Preço de Liquidação das Diferenças — PLD). Além disso, se empenha na fidelização de clientes e na diversificação do portfólio, tanto por setor quanto entre setores industriais. Isso favorece a compensação dos efeitos de eventuais conjunturas negativas em determinados setores ou situações adversas em clientes específicos, reduzindo riscos de queda de receita.

Em 2016, a Companhia intensificou suas ações de comercialização voltadas a clientes de médio e pequeno portes – com faixa de consumo igual ou superior a 0,5 MW –, especialmente no segmento de varejo. Como resultado, 83 novos contratos foram agregados à carteira de clientes livres, um incremento de 36,4% em relação ao registrado em 2015.

A comercialização é realizada à medida que as oportunidades se apresentam, especialmente quando o mercado revela maior propensão à compra. Porém, em razão da elevação do preço spot e da sua maior volatilidade – decorrente, nos últimos anos, da crise hidrológica –, a ENGIE Brasil Energia pode optar por deixar maior volume da sua capacidade comercial descontratada no mercado de curto prazo. Sempre que necessário ou oportuno, operações de aquisição de energia para revenda também são realizadas.

Em 2016, os consumidores livres representaram 47,9% das vendas físicas e 45,1% da receita líquida de vendas, decréscimos de 0,9 p.p. e 2,2 p.p., respectivamente, em comparação a 2015.

83

novos contratos foram agregados à carteira de clientes livres, um incremento de

36,4%

em relação ao registrado em 2015.

Participação de clientes nas vendas físicas (%)

Participação de clientes nas vendas contratadas que compõem a Receita Líquida de Vendas (%)

* Em 2016, a exportação correspondeu a 0,2% das vendas físicas e a 0,3% da Receita Líquida de Vendas.

O incremento observado em 2016 na participação das comercializadoras nas vendas físicas e na receita líquida de vendas, em comparação com o ano anterior, decorreu das vendas de energia convencional concomitantes à compra de energia incentivada de comercializadoras. Essa energia adquirida foi direcionada à revenda a consumidores livres.

Balanço de energia (MW médios)

Diversificação do portfólio de clientes (em 31.12.2016)

Expansão responsável do parque gerador

Desde que iniciou suas operações no Brasil, em 1998, a ENGIE Brasil Energia ampliou em 88% a capacidade instalada de seu parque gerador, a qual, em 18 anos, passou de 3.719 MW para 6.999 MW. No ano de 2016, foi registrada uma leve queda (0,63%) na capacidade instalada em relação ao ano anterior, em virtude da desmobilização da Usina Termelétrica Charqueadas (72 MW).

Em contrapartida, foram agregados, no período, 27 MW ao parque gerador da Companhia. Desse total, 18,9 MW são provenientes do primeiro dos quatro parques eólicos que compõem o Complexo Santa Mônica, em Trairi, no Ceará, inaugurado em setembro de 2016. Outros 8,1 MW têm origem na Usina Eólica Cacimbas I, que entrou em operação parcial – com três de seus sete aerogeradores.

Evolução da capacidade instalada própria em operação (em MW)

A Companhia vem diversificando sua matriz energética e os mercados regionais de atuação, com prioridade para fontes renováveis de energia. Assim, permanece atenta a oportunidades de expansão em diferentes regiões brasileiras, desde que compatíveis com os requisitos de sustentabilidade nas dimensões econômica, social e ambiental.

Ao ampliar o portfólio de energia disponível para comercialização, o crescimento do parque gerador contribui para a perenidade do negócio e o aumento da receita, além de criar valor para a sociedade brasileira como um todo. Isso porque confere maior segurança ao sistema elétrico nacional e também contribui para o desenvolvimento local sustentável, gerando emprego e renda, entre outros impactos positivos, nas regiões de implantação dos empreendimentos.

Conforme o planejamento estratégico da Companhia, a expansão da capacidade instalada deve ter continuidade nos próximos anos, à medida em que as obras de implantação de novas usinas forem concluídas. A seguir apresentam-se os empreendimentos que integram projetos de expansão.

O crescimento do parque gerador contribui para a perenidade do negócio e o aumento da receita, além de criar valor para a sociedade brasileira como um todo.

Projetos de expansão (em 31.12.2016) GRI G4-EU10

ProjetoCapacidade instalada total (MW)Garantia física total (MWm)PropriedadeCapacidade instalada própria (MW)Garantia física própria (MWm)Vencimento da concessão/ autorização
Complexo Santa Mônica (Eólico)170,233,0100%70,233,025.01.2045
Jirau (Hidrelétrica)23.750,02.184,640%1.500,0882,013.08.2043
Pampa Sul (Termelétrica)340,0323,5100%340,0323,530.03.2050
Complexo Campo Largo - Fase I (Eólico)326,7157,8100%326,7157,803.08.2050
Assú V (Solar)36,79,2100%36,79,2 -
Total4.523,62.708,12.273,61.405,5

1. Parte do Complexo já operava em 31.12.2016, e parte (70,2 MW) permanecia em construção. 2. A controladora da Companhia, a ENGIE Brasil Participações Ltda, detêm 40% de participação na Usina Hidrelétrica Jirau. Existe a perspectiva de transferência dessa parcela para a ENGIE Brasil Energia em 2017.

Complexo Eólico Santa Mônica

Localizado no município de Trairi (CE), é composto por quatro usinas, que adicionarão um total de 97,2 MW ao parque gerador da Companhia. As Centrais Eólicas Santa Mônica e Cacimbas iniciaram a operação comercial em 2016 e há a expectativa de que todo o Complexo esteja em operação, ainda no primeiro trimestre de 2017.  

Usina Hidrelétrica Jirau

Localizada no Rio Madeira, com sede em Porto Velho (RO), foi inaugurada em 16 de dezembro de 2016. Com 50 turbinas em operação, o empreendimento tem capacidade instalada total de 3.750 MW. A ENGIE Brasil Participações, controladora da ENGIE Brasil Energia, detém 40% de participação no empreendimento. Há a perspectiva de avaliação da transferência dessa participação para a Companhia em 2017, em uma operação que contará com o envolvimento do Comitê Especial Independente para Transações com Partes Relacionadas.  

Usina Termelétrica Pampa Sul

Localizada no município de Candiota (RS), utilizará como combustível para geração de energia o carvão mineral da jazida situada na região. Ao final de 2016, a obra atingiu progresso acumulado de 47%, com destaque para o avanço significativo da montagem das torres da linha de transmissão, concluindo 44 das 52 unidades previstas, e a contratação da montadora da estrutura metálica.  

Complexo Campo Largo - Fase I

Formado por um conjunto de empreendimentos de geração eólica, localizados na Bahia, com potencial de desenvolvimento de 326,7 MW na primeira fase. Em setembro de 2016, foi sancionado o Decreto que declara de utilidade pública, para fins de desapropriação, as áreas do acesso externo ao Complexo Eólico Campo Largo e iniciaram-se os serviços na área do alojamento. Em novembro, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) emitiu a Licença de Instalação do último parque do Complexo. A previsão é de que a operação comercial inicie parcialmente em 2018.  

Central Fotovoltaica Assú V

Com capacidade instalada de 36,7 MW, integra o Complexo Fotovoltaico Assú, a ser implantado em Assú (RN). O empreendimento está em fase de licenciamento ambiental. As obras terão início em 2017. A previsão é que a operação seja iniciada em dezembro do mesmo ano. 

ENGIE Geração Solar Distribuída

Em 2016,aCompanhia ingressou no mercado de geração distribuída ao adquirir 50% do capital da GD Brasil Energia Solar S/A. Esse investimento permitirá a captação de oportunidades em um mercado com grande potencial de crescimento no Brasil, o que responde aos desafios de uma matriz energética dinâmica e próxima do consumidor final. Em novembro de 2016, foi firmado um contrato com a distribuidora de energia catarinense para instalação de sistemas fotovoltaicos em mil residências do estado. O projeto será viabilizado por meio de um programa que prevê o subsídio, pela distribuidora, de 60% do investimento que caberia ao consumidor.  

Além desses empreendimentos, a ENGIE Brasil Energia possui outros projetos em fase avançada de desenvolvimento, conforme mostra o quadro a seguir.







O investimento em geração solar distribuída permitirá a captação de oportunidades em um mercado com grande potencial de crescimento no Brasil, o que responde aos desafios de uma matriz energética dinâmica e próxima do consumidor final.

Projetos em desenvolvimento (em 31.12.2016) GRI G4-EU10

Projetos em desenvolvimentoCapacidade total (MW)TipoPropriedadeLocalização
Complexo Santo Agostinho600,0Eólico100%Lajes e Pedro Avelino (RN)
Norte Catarinense600,0Termelétrico100%Garuva (SC)
Complexo Campo Largo - Fase II330,0Eólico100%Umburanas e Sento Sé (BA)
Alvorada90,0Solar100%Bom Jesus da Lapa (BA)
Complexo Assú - Centrais I, II, III e IV146,8Solar100%Assú (RN)
Total1.766,8

600 MW

é o potencial de desenvolvimento do Complexo Eólico Santo Agostinho, localizado no Rio Grande do Norte


Complexo Eólico Santo Agostinho

Localizado nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, no Rio Grande do Norte, possui potencial de desenvolvimento de 600 MW. Em junho de 2016, foi emitida, pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a Licença Prévia (LP). Toda a documentação do projeto está preparada para participação em leilões de energia. 

Usina Termelétrica Norte Catarinense

Localizada no município de Garuva (SC), terá como fonte o gás natural, em ciclo combinado, e capacidade instalada de aproximadamente 600 MW. Em 2016, foi emitida a Licença Prévia, tornando o empreendimento apto a participar de futuros leilões de energia nova.  

Complexo Eólico Campo Largo - Fase II

Acrescentará aproximadamente 330 MW de capacidade instalada ao Complexo Eólico Campo Largo. Assim como o Complexo Eólico Santo Agostinho, já dispõe de toda a documentação necessária para participação em leilões de energia.  

Complexo Fotovoltaico Alvorada

Localizado na Bahia, será composto por quatro projetos com capacidade instalada total estimada em até 90 MWp. Os projetos estão em fase de medição da irradiação solar e tiveram sua Licença Prévia emitida em agosto de 2016, estando aptos a participar de leilões de energia nova a partir de 2017. 

Complexo Fotovoltaico Assú

A ENGIE Brasil Energia adquiriu mais dois projetos pertencentes ao Complexo Fotovoltaico Assú, que agora passa a ser composto de cinco projetos – com capacidade total estimada em 183 MWp – a serem desenvolvidos em Assú (RN). As Centrais Fotovoltaicas Assú I, II, III e IV estão em fase de medição da irradiação solar e já tiveram sua Licença Prévia emitida, estando aptos a participar de leilões de energia nova. 

A Companhia também está analisando o potencial de geração de energia solar fotovoltaica nas áreas de implantação de seus parques eólicos, bem como parcerias que venham a acelerar o desenvolvimento dessa fonte de energia.

Vantagens competitivas

Alinhada à estratégia do negócio, a ENGIE Brasil Energia gera valor com base em aspectos, políticas e práticas que a diferenciam de outros agentes do mercado. Entre as principais vantagens competitivas da Companhia, destacam-se:

Atuação em setor estratégico

O setor energético é considerado um setor estratégico ao desenvolvimento do País, visto que a energia constitui um insumo fundamental à produção e a grande parte das atividades cotidianas da sociedade.  

Liderança no setor

A Companhia está entre as líderes da produção independente de energia do Brasil e sua controladora é a maior produtora independente no mundo, o que reforça seu potencial de capturar oportunidades de negócio.  

Clara estratégia comercial

A ENGIE Brasil Energia mantém altos níveis de contratação no longo prazo, reduzindo a exposição às oscilações do mercado de curto prazo. Além disso, seu portfólio de vendas é balanceado entre clientes livres, de diferentes setores, e clientes regulados (distribuidoras). 

Previsibilidade do fluxo de caixa

Além da já citada contratação de longo prazo, os contratos de venda de energia são indexados à inflação. Outro fator que contribui para maior previsibilidade é o portfólio de geração diversificado – incluindo hidrelétricas, termelétricas e complementares. Essa diversidade permite reduzir impactos relacionados a eventos climáticos, como baixa hidrologia ou redução da incidência solar e de ventos em determinadas regiões.  

Desempenho operacional elevado

Os empreendimentos operados pela Companhia apresentam altos índices de disponibilidade e confiabilidade. Contribuem para esse resultado as certificações NBR ISO 9001 (gestão da qualidade), NBR ISO 14001 (gestão do meio ambiente) e OSHAS 18001 (gestão da saúde e segurança no trabalho), presentes na maior parte das usinas.  

Desempenho financeiro estável

A associação de forte geração de caixa, margem Ebitda média elevada, lucro líquido consistente e ausência de exposição cambial contribui para a estabilidade financeira da Companhia e sua consequente resiliência a cenários macroeconômicos desfavoráveis. Além disso, por se tratar de uma organização sólida, com valor de mercado avaliado em  
R$ 22,8 bilhões ao final de 2016, a ENGIE Brasil Energia tem acesso a linhas de crédito atrativas, ampliando sua competitividade. 

Classificação de risco diferenciada

A Fitch Ratings atribui à Companhia Rating Nacional de Longo Prazo como ‘AAA(bra)’ e em escala global ‘BB+(bra)’, um nível acima do rating soberano. 

Melhores práticas de governança e sustentabilidade

O Conselho, assim como a Diretoria Executiva, é composto por profissionais experientes, com amplo conhecimento do setor e devidamente preparados para tomadas de decisões que contemplem os interesses dos acionistas e demais públicos envolvidos. Assim, aspectos econômicos, sociais e ambientais são elementos indissociáveis nos processos decisórios. 



Contribui para maior previsibilidade o portfólio de geração diversificado – incluindo hidrelétricas, termelétricas e complementares. Essa diversidade permite reduzir impactos relacionados a eventos climáticos, como baixa hidrologia ou redução da incidência solar e de ventos em determinadas regiões.

Ativos intangíveis

O capital humano e intelectual e a imagem corporativa, somados às atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), são os principais ativos intangíveis da ENGIE Brasil Energia, além dos considerados nas Demonstrações Contábeis.

Capital humano e intelectual

O quadro funcional da ENGIE Brasil Energia tem por característica a diversidade de faixa etária, agregando jovens talentos e profissionais experientes. A fim de promover a evolução contínua de seus empregados, a Companhia investe em ações voltadas ao desenvolvimento de carreira e também focados no bem-estar, na saúde e na segurança dos empregados. Para mais informações sobre o relacionamento da ENGIE Brasil Energia com esse público, acesse o capítulo Gestão Social e de Relacionamento.



A Companhia investe em ações voltadas ao desenvolvimento de carreira e também focados no bem-estar, na saúde e na segurança dos empregados.

Imagem

A reputação da ENGIE Brasil Energia tem base na integridade que marca seu relacionamento com diferentes públicos. Nesse sentido, transparência e diálogo constituem elementos essenciais à construção e à manutenção de uma imagem que seja aderente aos valores da Companhia, bem como aos compromissos que assume.

Para informar sobre suas ações e projetos, a ENGIE Brasil Energia mantém canais de comunicação permanente com os stakeholders, com destaque para o website da Companhia, onde são publicadas políticas, relatórios, notícias e comunicados ao mercado, entre outras informações.

Em 2016 a ENGIE adotou uma única marca para todas as suas empresas como forma de aumentar a visibilidade do Grupo no País e no mundo. Assim, em virtude da mudança do nome e da logomarca da Companhia, diversas ações de comunicação foram desenvolvidas para fortalecer a nova identidade corporativa, tanto interna quanto externamente.

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação GRI G4 - DMA Setorial

Atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) tornam-se cada vez mais estratégicas no modelo de negócios da Companhia. Em 2016, esse movimento ganhou força com a criação da Unidade Operacional de Estratégia e Inovação, vinculada à Diretoria de Estratégia e Regulação, que tem por objetivo gerar soluções inovadoras voltadas ao atendimento das demandas da sociedade no contexto da transição energética. Para isso, a Companhia pretende fortalecer ainda mais as parcerias estabelecidas com universidades e centros de pesquisa brasileiros, consolidando a cultura de inovação aberta presente em sua trajetória.

Um instrumento importante para a condução dessas atividades é o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento executado conforme a Lei nº 9.991/2010, que determina às empresas de geração, transmissão e distribuição de energia a aplicação de 1% da sua receita líquida anual em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Compete às empresas definir os objetivos dos projetos a serem desenvolvidos, submetendo-os à avaliação da Aneel.

Em 2016, o investimento realizado pela ENGIE Brasil Energia em seu Programa de P&D foi de R$ 32 milhões, os quais tiveram a seguinte destinação:

R$ 12,3 milhões

para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

R$ 6,1 milhões

para o Ministério de Minas e Energia (MME), para custeio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

R$ 13,6 milhões

para projetos em andamento, propostos pela Companhia, sobre os temas apresentados na tabela a seguir.

Áreas dos projetos de P&D - 2016

ÁreaValor investido (R$)
Eficiência energética490.850,51
Fontes alternativas de geração de energia elétrica8.581.132,64
Geração de energia elétrica11.405,33
Geração termelétrica404.957,87
Gestão do Programa de P&D756.659,08
Meio ambiente1.374.318,43
Operação de sistemas de energia elétrica362.192,55
Planejamento do sistema de energia elétrica671.886,34
Supervisão, controle e proteção de sistemas de energia elétrica986.880,36
Total13.640.283,11

A busca por soluções sustentáveis para a geração de energia está entre os principais objetivos dos projetos de P&D, que têm foco em reduzir impactos ambientais e assegurar a confiabilidade do sistema elétrico. Em 2016, um exemplo desse esforço foi reconhecido, com a tripla premiação da Usina Solar Cidade Azul, resultado de um projeto de pesquisa desenvolvido desde 2011 pela Companhia em cperação com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e outras 11 empresas do setor elétrico.

O projeto consiste na instalação, operação e monitoramento de oito módulos de avaliação, com sete tecnologias fotovoltaicas cada um, e estações solarimétricas em oito localidades com diferentes climas. Envolve, ainda, a implantação e manutenção da Usina Fotovoltaica Cidade Azul, em operação desde 2014. Com 3,0 MWp de potência, a Usina foi instalada em Tubarão (SC), junto ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL), pertencente à Companhia. Os módulos de avaliação apresentam resultados preliminares e têm se mostrado importantes fontes de experimentação para análise do comportamento das diferentes tecnologias em distintas regiões.

Com esses resultados, o projeto conquistou o Prêmio Brasil Ambiental, da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, e o Prêmio Expressão de Ecologia, da Editora Expressão, ambos na categoria Inovação. Além disso, foi finalista, na categoria Tecnologia, do Prêmio Von Martius de Sustentabilidade, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

Para fomentar a cultura da inovação, a Companhia desenvolve ações direcionadas tanto a seus empregados quanto ao público externo. Internamente, desenvolve o Programa Inove, que premia ideias e projetos inovadores em cinco categorias: Operação e Manutenção, Pesquisa e Desenvolvimento, Comercial e Negócios, Socioambiental e Gestão. Todos os empregados podem participar, exceto gerentes de unidades organizacionais e membros do Comitê de Inovação.

Em 2016, foi realizada a segunda edição do Prêmio ENGIE Brasil de Inovação. Promovida pela controladora da Companhia, a iniciativa reconhece empresas, startups e empreendedores que apresentem soluções inovadoras, dos pontos de vista comercial ou tecnológico, relacionadas a áreas de interesse do Grupo. Entre essas áreas destacam-se energia descentralizada, green mobility e smart city, armazenamento de energia, smart grids ou inclusão social por meio da eficiência energética e do acesso à energia.

3,0 MWp

é a potência da Usina Fotovoltaica Cidade Azul, instalada em Tubarão


Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação estão cada vez mais associados à estratégia do negócio, reflexo da transição energética.

Criação de valor

O modelo de negócios da ENGIE Brasil Energia considera os capitais essenciais à atuação da Companhia e a sua capacidade de gerar valor — no curto, médio e longo prazos — tanto para a organização quanto para seus principais stakeholders. Isso permite uma visão integrada do vínculo  entre os insumos necessários às atividades, as bases da gestão e o valor gerado e compartilhado com seus públicos de relacionamento, conforme demonstra o esquema a seguir.