Com a recente escassez de água resultante de condições climáticas extremas, a pesquisa em ecofisiologia florestal vem ganhando importância crescente, estimulando a Fibria a intensificar seu monitoramento meteorológico e expandir sua rede experimental. A seguir, nossas principais ações em 2016:

• aumentamos o número de estações meteorológicas de 37 para 57; 

• concluímos o desenvolvimento de um processo integrado de planejamento da paisagem baseado no modelo hidrológico Swat (Ferramenta de Avaliação de Solo e Água); 

• testamos recomendações que consideram critérios ambientais, visando apoiar o planejamento das florestas, a curto, médio e longo prazos.  

Atualmente, a Fibria conta com seis bacias hidrográficas intensamente monitoradas, desde a entrada de água pela chuva até a vazão do riacho. Um dos principais objetivos é melhorar continuamente o entendimento das interações entre a planta e o clima e a utilização dos recursos naturais.

Plantação de eucalipto em Capão do Bonito (SP).
Foto: Márcio Schimming.

Carbono

A Fibria mantém várias iniciativas voltadas para a questão do carbono.* Entre as principais estão o inventário de emissões e sequestro e a identificação de riscos e de oportunidades geradas pela inclusão do tema nos processos de Capex**, além da meta de, até 2025, duplicar o sequestro líquido de carbono em relação a 2011.

Anualmente, publicamos nosso relatório de inventário de gases de efeito estufa, com resultados atuais, históricos e esclarecimentos sobre nosso desempenho. Nosso inventário é verificado conforme os padrões da NBR ISO 14064 e do Programa Brasileiro GHG Protocol.

Somos membros fundadores da Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura, iniciativa que reúne empresas da indústria florestal, de cosméticos e do agronegócio, associações setoriais e acadêmicas e as principais organizações civis de clima e meio ambiente para a promoção de uma econômica de baixo carbono. Buscamos contribuir com o governo e estabelecer alianças de cooperação internacional que permitam avanços a um novo modelo de desenvolvimento econômico.

*Termo utilizado para congregar as ações referentes à gestão das emissões e do sequestro de gases de efeito estufa em um contexto de mensuração, relato e precificação por diferentes instrumentos econômicos, como taxas e impostos por emissões de CO₂, mercados de carbono e outras restrições ou incentivos financeiros.
**Capex é a sigla da expressão inglesa capital expenditure (em português, despesas de capital ou investimento em bens de capital), que designa o montante de dinheiro despendido na aquisição (ou introdução de melhorias) de bens de capital de uma determinada empresa.

ESTOQUE DE CARBONO 2016 (tCO₂e)

1 Considerando uso anterior da terra como pastagens.
2 Considerando estoque de carbono como 29,5 tCO ₂e/ha (valor padrão para pastagens plantadas, pelo Segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa).

Precificação Interna de Carbono

Em 2016, a Fibria criou um grupo de trabalho que avaliou e indicou os cenários de referência para o cálculo de um preço interno de carbono (shadow pricing). Como resultado, definimos a tonelada de CO₂ equivalente para diferentes contextos: US$ 5 para sequestro (florestas), US$ 10 para emissões industriais e de logística e US$ 30 para novas tecnologias.

Nosso propósito é reconhecer e comunicar mais um valor dos nossos plantios e áreas de conservação, compreender o impacto de uma taxação de emissões de gases de efeito estufa e criar soluções alinhadas a uma economia de baixo carbono. A partir da definição do preço interno de carbono, já pudemos, por exemplo, valorar em R$ 309 mil a redução de emissões de CO₂ geradas no transporte de madeira feito por nossos caminhões PIFF em 2016.

O grupo considera importante também o protagonismo da companhia nessa esfera e no diálogo com seus stakeholders sobre o tema.