Modelo de Negócio

Água

São urgentes as iniciativas para evitar ou minimizar os riscos de crises hídricas, decorrentes ou intensificadas pelo aumento global da temperatura. Na visão da Fibria, que depende diretamente de suas florestas plantadas e nativas, o trabalho de sistematizar, aprofundar e ampliar a gestão do uso da água no campo, na indústria e no entorno das operações é uma constante. Tanto que, em 2016, a empresa estabeleceu uma nova meta de longo prazo, agora para água, aprovada pela Diretoria, pelo Comitê de Sustentabilidade e pelo Conselho de Administração.

Evoluções significativas vêm ocorrendo na gestão de recursos hídricos em nossas fábricas, tanto que nos tornamos benchmark mundial para o setor.

Foi em relação à floresta, no entanto, o principal avanço da companhia em 2016. Identificamos nosso nível de atuação em todas as bacias hidrográficas em que estamos presentes. Traçamos um plano para aprimorar e disseminar conhecimento técnico em gestão hídrica entre os nossos vizinhos localizados em bacias críticas.

Conheça nossas principais ações para monitoramento, uso e reciclagem da água nas atividades florestais e industriais.

Leia artigo em inglês “Growth and water balance of Eucalipytus grandis hybrid plantations in Brazil during a rotation for pulp production”.

Microbacia em Aracruz (ES).<br>Foto: acervo Fibria.Microbacia em Aracruz (ES).
Foto: acervo Fibria.

Atuação do GT Água em 2016

  • A Fibria mapeou 246 bacias hidrográficas e decidiu atuar em nove delas, por estarem em regiões onde a empresa mantém plantios e por serem as únicas em que seu manejo florestal pode influenciar a oferta de água na bacia

  • O estudo analisa vários aspectos, tais como: atividade praticada e sua ocupação na bacia hidrográfica; quantidade de água utilizada em cada atividade; restrições da ANA — Agência Nacional de Água; e impactos econômicos e sociais de interação com a bacia

  • Um dos compromissos estabelecidos é compartilhar com nossos vizinhos aprendizados que os ajudem a evitar ou minimizar a escassez de água. Entre elas: análise do tipo de captação e uso de água em suas terras; dicas para a redução de consumo; e técnicas de irrigação e de reciclagem simples e de baixo custo. A proposta é fortalecer o diálogo e promover atuação integrada nessas localidades

  • Com base no monitoramento detalhado do uso da água pelos plantios de eucalipto nas bacias, a Fibria pretende mitigar eventuais conflitos pela sobreposição de uso da água, além de definir metas quantitativas em 2019

Adequação das barragens

Em 2016, mapeamos as barragens e os açudes de nossas propriedades. Muitas dessas áreas, herdadas na aquisição de terras, são pequenas e eram utilizadas pela pecuária. Orientados por esse diagnóstico, iniciamos um monitoramento mensal para identificar os riscos e realizar serviços de correção e de manutenção nesse tipo de infraestrutura. Por um lado, evitamos acidentes nos períodos de muita chuva e, por outro, mantemos o fluxo de água aos vizinhos mesmo em épocas de menor disponibilidade hídrica.  

Sistema de Gestão Florestal – Módulo Água

A empresa também está evoluindo em seus mecanismos de controle das atividades florestais. Por meio do Sistema de Gestão Florestal, organizado em módulos, acompanhamos diariamente diversas das nossas atividades florestais e seus resultados, como os plantios de eucalipto e nativas, a colheita e, desde 2016, o consumo de água em nossas operações. O sistema possui interface com um banco de dados georreferenciado (GIS) e o cadastro de cada ponto permitido de captação de água, o que nos traz agilidade na identificação, no controle e na correção de eventuais desvios.

TOTAL DE RETIRADA DE ÁGUA NAS OPERAÇÕES DE MANEJO FLORESTAL, POR FONTE

TIPO DE CAPTAÇÃO201420152016
Aracruz
Água superficial (m³)505.865580.364676.959
Água subterrânea (m³)115.573125.905363.765
Água de chuva (m³)7.9092.6182.470
Jacareí
Água superficial (m³)181.568172.211218.147
Água subterrânea (m³)34.18955.62011.942
Rede de abastecimento (m³)7.825
Três Lagoas
Água superficial (m³)413.559362.256662.448
Água subterrânea (m³)24.60727.27932.070

Aracruz: o viveiro é novo e estava em uma learning curve de 2014 até 2016, quando atingiu sua capacidade de produção. Esse aumento da produção de mudas demanda maior utilização de água.
Jacareí: a baixa precipitação de 2014 exigiu o uso de mais água subterrânea no início de 2015, voltando à estabilidade em 2016. Porém, ao somar os valores (sup + sub) de ambos os anos, a variação é de cerca de 1%.
Três Lagoas: expansão da base florestal para atendimento a Horizonte 2.