Cadeia de Valor

Movimentos de Luta pela Terra

Um dos mais difíceis conflitos em propriedades da Fibria tornou-se, desde 2011, uma referência de geração de valor para a companhia e a sociedade. Na época, a empresa precisava negociar com o Incra e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a desapropriação de 11 mil hectares, distribuídos em cinco fazendas no município de Prado, sul da Bahia. Apesar dos esforços, entre 2015 e 2016, grupos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se instalaram em terras de nossa unidade em Aracruz (ES).

A Fibria vem dialogando com as lideranças nacionais e estaduais do MST e tem firmado acordos. Na Bahia, onde mantém o projeto Assentamentos Sustentáveis, não se registrou nova ocupação ou protesto. O projeto está adiantado, com transição de acampamentos para assentamentos.

Nos primeiros quatro anos de diálogo, Fibria e MST evoluíram a partir de acertos verbais. Em dezembro de 2015, com o relacionamento amadurecido entre todas as partes envolvidas, empresas do setor florestal, movimentos sociais e governos assinaram um acordo.

Desde o início, o desafio trouxe muitos aprendizados e deu origem a importantes iniciativas multissetoriais, que atualmente beneficiam várias famílias. Confira a seguir.

Viveiros Comunitários

O investimento em três viveiros comunitários, situados em Conceição da Barra (ES), Ibirapuã (BA) e Três Lagoas (MS), é outro exemplo atual de valor compartilhado entre a Fibria e a população do entorno de nossas operações. Nessa parceria, compramos mudas destinadas ao nosso programa de restauração de matas nativas e fornecemos sementes e assistência técnica aos viveiristas.

Os viveiros comunitários, que atualmente empregam 39 famílias, têm capacidade produtiva total de 410 mil mudas ao ano e também apoiam o abastecimento dos produtores rurais do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT). Esses são alguns dos projetos que, por meio da troca de conhecimento e da geração de renda, nos ajudam a aproximar as comunidades do nosso negócio.

Maria Luiza Silva, produtora do PDRT em Três Lagoas (MS). Foto: Márcio Schimming.Maria Luiza Silva, produtora do PDRT em Três Lagoas (MS). Foto: Márcio Schimming.

Veja estudo de caso da NGP (New Generation Plantations) sobre a implantação de viveiros comunitários da Fibria.

Projeto Alvorecer

Foi desenvolvido em uma parceria inédita com o próprio MST e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). O foco é a produção agroflorestal em um sistema ecológico, que considera aspectos florestais e agrícolas nas plantações.

No acordo de desapropriação das cinco fazendas da Fibria, também contratamos a Esalq para elaborar um complexo processo de formação de assentamentos sustentáveis nessas áreas. A manutenção das pessoas no campo envolve a transição de acampamentos para assentamentos, ou seja, as famílias migram de barracas de lona, situadas nas terras ocupadas, para a própria casa, em seus lotes de produção.

“Sim, Eu Posso”

Esse é um subprojeto do Alvorecer que visa à erradicação do analfabetismo nessas áreas. Utiliza uma metodologia cubana e já alfabetizou mais de 500 adultos.  

Saúde Preventiva e Medicina Fitoterápica

Subprojeto do Alvorecer, tem foco em saúde preventiva e é realizado em parceria com a Fiocruz, do Rio de Janeiro. Trata-se de um vasto trabalho de diagnóstico das condições de saúde das comunidades participantes e das condições locais da saúde pública. Na linha fitoterápica, como ação complementar, o projeto contempla a formação de canteiros de plantas medicinais.

INVESTIMENTO SOCIAL

Investimentos em comunidades G4 EC11
2016
Fibria ¹ ³20.269.629
Projetos incentivados1.360.269
Investimento do Instituto Votorantim (recurso próprio e captado via BNDES)1.950.394
Rede Responsável ²17.712.618
Total41.292.911

Doações voluntárias e investimento de recursos na comunidade, sendo os beneficiários externos à empresa. Incluem contribuições a instituições de pesquisa (não relacionados ao departamento de pesquisa e desenvolvimento da empresa) e recursos para apoiar projetos de infraestrutura da comunidade. Incluem também custos da gestão dos projetos.
1 Estão contemplados o projeto Assentamentos Sustentáveis, em parceria com o MST, e investimento do BNDES, entre outros.
2 Para se obter o valor total do Rede Responsável é necessário somar o valor do investimento do Instituto Votorantim, bem como dos projetos incentivados informados.
3 Os valores dos projetos realizados por meio do edital do Instituto Votorantim estão contemplados no investimento da Fibria.

Vilmar Lacerda Arantes, produtor do PDRT em Três Lagoas (MS). Foto: Márcio Schimming.Vilmar Lacerda Arantes, produtor do PDRT em Três Lagoas (MS). Foto: Márcio Schimming.