Cadeia de Valor

Novos Negócios

As florestas plantadas são parte da solução dos problemas relacionados às mudanças climáticas e contribuem para uma economia de baixo carbono. É parte da estratégia da Fibria desenvolver produtos e serviços de alto valor agregado, que saiam do conceito de commodity e possam substituir derivados fósseis como fonte de matéria-prima. Confira, a seguir, alguns de nossos principais projetos de inovação visando aos novos negócios.

Bio-óleo

Em parceria com a companhia americana Ensyn Corporation, na qual temos 12,6% de participação societária, estamos desenvolvendo o scale-up de um importante projeto na área de biorrefinaria. Por meio do processo de pirólise, no qual a biomassa é submetida a um tratamento termoquímico, obtemos um combustível líquido, que pode substituir combustíveis fósseis na geração de energia ou ser correfinado com o petróleo.

O projeto está em fase final de estudos e validação. Caso aprovado, sua produção será 100% destinada ao mercado norte-americano, já que os Estados Unidos possuem incentivos regulatórios para a utilização desse tipo de produto renovável. O próximo passo da Fibria será construir uma unidade de operação no Brasil, em São Paulo ou no Espírito Santo, para o desenvolvimento e a comercialização do bio-óleo.

Nanocelulose

Resistência, além de maciez, é uma virtude sempre desejada por nossos clientes no desenvolvimento de seus produtos. Focados nessa necessidade, fechamos parceria com a Universidade do Maine e a empresa GL&V, ambas nos Estados Unidos, para pesquisa e testes de aplicação de nanocelulose fibrilar (CNF). Iniciamos também a construção de uma planta-piloto em Aracruz (ES), uma das maiores do mundo, cuja inauguração está prevista para o primeiro trimestre de 2017. Nos próximos meses, a Fibria passará a produzir até 2 toneladas ao dia de nanocelulose fibrilar para o desenvolvimento de sua aplicação no enriquecimento da sua própria celulose, além de outros segmentos.

CelluForce

A Fibria dedica-se fortemente a ter produtos específicos para clientes específicos, e o papel não é o único mercado para a nanocelulose, que tem dezenas de aplicações. Por isso, em 2016 adquirimos 8,3% da empresa canadense CelluForce, líder mundial na produção de nanocelulose cristalina (CNC). Essa tecnologia biodegradável e renovável pode ser usada na indústria de cimento, nos segmentos de petróleo e gás e no desenvolvimento de eletrônicos, entre outros. O acordo garante à Fibria direito exclusivo de comercialização na América Latina de celulose nanocristalina desenvolvida com tecnologia CelluForce.

Lignina

Em 2015, a Fibria adquiriu a empresa canadense Lignol, hoje Fibria Innovations, ampliando seu banco de patentes de processos e produtos ligados à lignina. A lignina representa em torno de 30% da estrutura de uma árvore e se transforma em subproduto no processo de produção de celulose. O projeto da Fibria prevê transformar parte da lignina, que hoje é queimada para produzir energia, em produtos de maior valor agregado e que substituam matéria-prima fóssil.

Em 2016, conseguimos demonstrar, ainda em escala-piloto, que a lignina pode substituir parte dos princípios ativos de origem fóssil atualmente usados em painéis de madeira. Testes em escala industrial estão sendo feitos com potenciais clientes. Nosso próximo passo será a construção de uma unidade de produção em Aracruz (ES) para o desenvolvimento comercial de aplicações de lignina, com benefícios ambientais, de custo e de performance.  

Veja o vídeo sobre a Fibria Innovations.

Negócios Imobiliários

Até 2025, a Fibria espera ter reduzido em um terço a quantidade de terras necessárias para a produção de celulose. Com isso, estamos buscando soluções para maximizar o valor das terras da companhia que ficarão disponíveis no futuro e que estão localizadas em regiões já urbanizadas. Entre os projetos está o de negócios imobiliários, que prevê a construção de bairros planejados, pensados para trazer bem-estar e desenvolvimento local.

A Fibria vem realizando estudos em suas três regiões de operação florestal a fim de identificar áreas com vocação imobiliária. Já concluímos as avaliações em terras de Aracruz (ES), nas quais temos hoje plantações de eucalipto. As etapas seguintes incluem a conclusão de processos de licenciamento e a parceria de empresas do mercado imobiliário com interesse no crescimento ordenado das cidades a partir de critérios socioambientais.

Gil Ribeiro Peres, técnico de Pesquisa em Aracruz (ES).<br>Foto: Márcio Schimming.Gil Ribeiro Peres, técnico de Pesquisa em Aracruz (ES).
Foto: Márcio Schimming.