Relatório de
sustentabilidade 2012

Perfil

Responsabilidade compartilhada

Com sede na cidade de São Paulo, o inpEV é uma entidade sem fins lucrativos, criada pela indústria fabricante de defensivos agrícolas para a gestão pós-consumo das embalagens vazias de seus produtos, segundo os requisitos da Lei Federal nº 9.974/2000 e do Decreto Federal nº 4.074/2002, que disciplinam a responsabilidade compartilhada pela destinação desse tipo de resíduo entre os agricultores, os canais de distribuição e a indústria, com o apoio e a fiscalização do poder público. <2.1, 2.2, 2.4 e 2.6>

Histórico

Conquistas e novos desafios

Na década de 1990, a indústria fabricante de defensivos agrícolas já iniciava uma discussão sobre o destino das embalagens vazias de defensivos agrícolas. Em 1992, a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) propôs a formação de um grupo para estudar e entender o fluxo das embalagens vazias pós-consumo, além de estabelecer parâmetros concretos para um projeto de alcance nacional. Um programa-piloto foi iniciado em 1994, com a inauguração da central de recebimento de embalagens vazias de Guariba (SP).

A experiência obtida com o projeto-piloto ajudou a elaborar uma legislação específica, a Lei Federal nº 9.974, promulgada em junho de 2000, que alterou a 7.802/89 e definiu as questões ligadas ao destino das embalagens vazias de defensivos agrícolas, distribuindo responsabilidades pela cadeia produtiva agrícola ao estabelecer os papéis de agricultores, de fabricantes, de comerciantes e também do poder público.

Para que esse sistema se tornasse viável, no entanto, ficava cada vez mais evidente a necessidade de criar uma entidade específica que integrasse os agentes, coordenasse todas as atividades para a destinação das embalagens vazias e promovesse ações de conscientização e educação em conjunto com os demais atores envolvidos.

Fundado em 14 de dezembro de 2001, o inpEV iniciou suas atividades em março de 2002, com sete entidades representantes do setor e um grupo de 27 empresas associadas. No primeiro ano de atuação, destinou um total de 3.700 toneladas de embalagens vazias, iniciando uma trajetória de crescimento contínuo dos volumes de resíduos plásticos recolhidos no Brasil. <2.3 e 2.5>

Ao final de 2012, a destinação atingiu 37.379 toneladas, somando 240.233 toneladas ao longo da sua primeira década de funcionamento. No mesmo período, as adesões ao inpEV aumentaram para 97 empresas associadas e dez entidades setoriais.

O Sistema Campo Limpo tem a participação de diferentes atores, que atuam de maneira integrada em todo o País, com o apoio de campanhas educacionais e de conscientização.

Atuação integrada

Responsável pelo gerenciamento da destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil, representando a indústria fabricante e/ou de registro desses produtos, o inpEV coordena o Sistema Campo Limpo, formado por uma rede nacional de 414 unidades de recebimento (302 postos e 112 centrais), distribuída por 25 estados e Distrito Federal (DF), gerenciada por mais de 260 associações de distribuidores e cooperativas, a maioria em regime de cogestão com o inpEV. <2.3, 2.5 e 2.7>

Concebida sob um modelo de responsabilidades compartilhadas pela Lei nº 9.974/00, a cadeia integrada do Sistema Campo Limpo funciona por meio da participação de diferentes atores, que atuam desde na produção e na venda de defensivos agrícolas (distribuidores/revendas), no uso e na devolução das embalagens vazias dos produtos pelos agricultores às centrais de recebimento (fixas ou itinerantes) e postos de coleta, até na destinação ambientalmente correta, ou seja, reciclagem ou incineração. O trabalho é apoiado, ainda, por campanhas de educação e conscientização promovidas pelo instituto, com a participação do poder público (ver infográfico em Sistema Campo Limpo).

Marcas e patentes

O inpEV possui ativos intangíveis, incluindo 19 marcas – algumas em fase de conclusão. Entre elas, há o Triturador Inteligente InpEV (Tri), o seu logotipo, a marca Campo Limpo e a embalagem Ecoplástica Triex®, desenvolvida pela Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A., a primeira no segmento de defensivos agrícolas, produzida com resina reciclada obtida das próprias embalagens destinadas pelo sistema.

Também são consideradas ativos intangíveis as solicitações de patente de equipamentos para evaporação de água em procedimentos industriais e de processo de produção de embalagens plásticas a partir de material reciclado.