Relatório de
sustentabilidade 2012

Sistema Campo Limpo

Referência Mundial

O Sistema Campo Limpo tornou-se referência nacional e internacional em logística reversa. Gerido pelo inpEV, atualmente destina 94% das embalagens plásticas primárias (que entram em contato direto com o produto) e 80% do total de embalagens vazias de defensivos agrícolas comercializadas no Brasil. Nesse processo, o instituto é o representante das empresas fabricantes de defensivos agrícolas, coordenando a destinação final – para reciclagem ou incineração – do material encaminhado às unidades de recebimento.

A tendência de aumento na destinação ambientalmente correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas tem se consolidado a cada ano. Em 2012, o Sistema Campo Limpo destinou um volume equivalente a 37.379 toneladas (92% seguiram para reciclagem e 8%, para incineração), 9,3% a mais que as 34.203 toneladas de 2011. <EN22 e EN27>

Dentro do mix de todas as embalagens colocadas no mercado, 94% das primárias (que têm contato direto com o produto) foram recuperadas. Se somadas as embalagens primárias e secundárias, o índice de recuperação corresponde a 80%.

No período, os estados de Alagoas (+ 395,4%), Pará (+ 132,3%) e Rio Grande do Norte (+ 95,6%) apresentaram os maiores aumentos percentuais no volume de destinação final desses resíduos, destacando-se entre os demais 22 estados, além do Distrito Federal (DF).

Da quantidade total de embalagens colocadas no mercado anualmente, 5% não são passíveis de serem recicladas. Trata-se de embalagens flexíveis ou que acondicionam produtos não miscíveis em água. Além delas, existe uma quantidade de recipientes entregues nas centrais de recebimento que não foram corretamente lavados pelos produtores no momento adequado (de preparo da calda do produto). Nos dois casos, essas embalagens seguem para incineração. <EN22 e EN27>

Total de resíduos por tipo e método de destinação <EN22 e EN27>

(em t)
Tipo do resíduo¹Destinação2201020112012
Embalagens com tríplice lavagem Reciclagem28.77931.51934.600
Embalagens não lavadasIncineração2.4872.6842.779
Total31.26634.20337.379

Notas

(1) Os resíduos são dispostos diretamente pelo inpEV ou por terceiros contratados. Não há nenhuma outra forma de disposição, além das mencionadas.

(2) O cálculo para a contabilização das embalagens recuperadas considera o total de embalagens que o inpEV retira das centrais e encaminha à destinação final e a quantidade de embalagens vendidas informada pelas empresas comercializadoras (todas associadas ao instituto).

Para 2013, a previsão é que o volume total de embalagens destinadas alcance 40 mil toneladas, o que exigirá toda a infraestrutura para que essa marca seja alcançada sem percalços, considerando o crescimento de volumes em novas fronteiras agrícolas das regiões Norte e Nordeste. De fato, essa é uma meta para o próximo ano. <1.2>

As atividades nas centrais de recebimento são acompanhadas regularmente, em tempo real, por meio do Sistema de Informação das Centrais (SIC), para evitar, principalmente, que se acumule um estoque crítico, quando a capacidade de armazenamento atinge o índice não desejado de 75%. Além disso, há reuniões mensais de planejamento para assegurar a melhoria continuada do sistema.

A expectativa é que o estoque crítico diminua e se torne cada vez mais raro, graças ao projeto de agendamento de devolução de embalagens online, que permitirá planejar antecipadamente as quantidades de embalagens vazias que os agricultores poderão entregar às unidades de recebimento e, consequentemente, a manutenção da eficácia do Sistema Campo Limpo em todo o país.

Total de embalagens destinadas no Brasil <EN27>

(por estado – 2012, em toneladas)
EstadoEmbalagens lavadas (t)Embalagens não lavadas (t)Total geral (t)%
Mato Grosso8.272 4218.69323,30
Paraná4.2655684.83212,90
São Paulo4.1933354.52812,10
Goiás3.6463614.00610,70
Rio Grande do Sul3.2102263.4369,20
Minas Gerais2.9213143.2358,70
Bahia2.8171562.9738,00
Mato Grosso do Sul2.348922.4406,50
Maranhão701397412,00
Santa Catarina518705881,60
Piauí380234031,10
Tocantins263242870,80
Pernambuco198522490,70
Espírito Santo215242390,60
Rondônia18091890,50
Alagoas156131700,50
Pará134131470,40
Rio de Janeiro7013830,20
Rio Grande do Norte4827740,20
Roraima43430,10
Sergipe22220,10
Total 34.6002.77937.379100

Destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil<EN27>

(por estado – 2009-2012, em toneladas)
Estado2009 2010 20112012
Mato Grosso6.777 7.1038.7858.693
Paraná4.5634.7164.4904.832
São Paulo3.5983.6133.7404.528
Goiás3.1113.3143.5804.006
Rio Grande do Sul2.5112.8393.2723.436
Minas Gerais2.2792.6052.7323.235
Bahia1.8832.4692.7602.973
Mato Grosso do Sul1.9772.1762.2902.440
Maranhão603581710741
Santa Catarina545529551588
Piauí149247277403
Tocantins118176153287
Pernambuco206213240249
Espírito Santo127194209239
Rondônia92234168189
Alagoas8810034170
Pará385763147
Rio de Janeiro24226883
Rio Grande do Norte56623874
Roraima443
Sergipe22113322
Total28.77131.26634.20237.379

Os resultados mantiveram a tendência de crescimento observada a cada ano desde o início das operações do sistema, reflexo direto do engajamento dos agentes desse programa e do aumento da produtividade agrícola.

Para garantir a infraestrutura necessária, o sistema mantém uma rede de 414 unidades de recebimento (302 postos e 112 centrais), que se estende por 25 estados e Distrito Federal (DF). Uma de suas principais características é a contínua adaptação ao crescimento do segmento de defensivos agrícolas, o que se reflete no aumento anual dos volumes de embalagens entregues pelos agricultores às unidades de recebimento.

Os recebimentos itinerantes, modalidade móvel e temporária, organizados pelas centrais com o apoio do poder público municipal, também favorecem o desempenho positivo dos números, uma vez que, no Brasil, cerca de 10% das embalagens destinadas são oriundas dessas ações. Tais iniciativas acontecem com frequência, sendo que, em algumas localidades, há calendários anuais de recebimentos itinerantes.