Na busca por estabelecer uma base de suprimentos forte e segura, a Volkswagen do Brasil procura, além de qualidade dos produtos e compromisso com prazos, encontrar parceiros para estabelecer relações de negócios éticas e sustentáveis, mutuamente benéficas e duradoras.

Para facilitar o bom andamento dessa parceria, os processos de compra seguem as diretrizes do Código de Conduta e da cartilha Melhores Práticas para Aquisição de Bens e Serviços, que detalha os processos-padrão exigidos dos fornecedores.

Ao final de 2017, a Volkswagen do Brasil trabalhava com uma base composta por cerca de 3 mil empresas fornecedoras de bens e serviços, divididas em dois grupos: fornecedores produtivos e de compras gerais. Os primeiros são responsáveis pelo abastecimento de componentes e subconjuntos para diversas fábricas da Volkswagen do Brasil, e os fornecedores de compras gerais abastecem os setores de máquinas, equipamentos e serviços.

Apesar de trabalhar com parceiros provenientes dos cinco continentes, a montadora busca sempre priorizar fornecedores nacionais. Dos gastos com compras em 2017, cerca de 94%, ou R$ 9,36 bilhões, foram destinados à indústria brasileira. O restante vai para importação ou para outras unidades do Grupo Volkswagen.

Todos os fornecedores passam pela aprovação do Corporate Sourcing Committee, que realiza encontros periódicos de avaliação por meio dos processos globais para a definição de fornecedores: Forward e Global Sourcing.

Para 2018, novas auditorias de sustentabilidade serão planejadas para todas as empresas do Grupo Volkswagen, juntamente com uma empresa especializada e sob a supervisão da Matriz, na Alemanha. Além disso, terá continuidade a aplicação de um questionário de autoavaliação formulado por um grupo de trabalho europeu focado em CSR (Responsabilidade Social Corporativa, em tradução livre). As avaliações devem ajudar a aprimorar os processos de compras da companhia. Intensificar o engajamento em grupos de trabalho e iniciativas em toda a indústria também estarão na pauta nos próximos anos.

Treinamentos e transparência

Durante 2017, foi realizado um workshop exclusivo, com fornecedores da Volkswagen do Brasil, sobre o tema sustentabilidade. O objetivo foi orientar os parceiros sobre as normas e condutas éticas adotadas pela empresa, além de capacitá-los para atender às demandas de sustentabilidade que são exigidas pela Volkswagen do Brasil.

Normas e critérios de sustentabilidade [GRI 103-2, 103-3, 408-1, 409-1, 414-2]

Os critérios de sustentabilidade adotados pelo Grupo Volkswagen são baseados em recomendações externas das mais respeitadas organizações internacionais dedicadas ao tema – como o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e as diretrizes da Câmara Internacional de Comércio para o Desenvolvimento Sustentável e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esses critérios também seguem documentos internos, como suas políticas Ambiental & Energética, de Qualidade e da Declaração Volkswagen sobre Direitos Sociais.

Avaliação de impactos [GRI 103-2, 103-3, 308-1, 308-2]

O processo de Avaliação Ambiental de Fornecedores busca garantir que todos atendam à Política Ambiental e de Energia da Volkswagen do Brasil e tem como princípio o respeito à legislação e normas aplicáveis, além da melhoria contínua dos sistemas de gestão desses parceiros comerciais.

A política foi atualizada em 2017 para abranger especificações exigidas pela certificação ISO 50001 - que a Volkswagen do Brasil pretende alcançar. A avaliação está prevista no Manual de Cadastro para Novos Fornecedores e pretende identificar e prevenir riscos críticos na cadeia de suprimentos. Além disso, é exigida de todos os parceiros de negócios a certificação ISO 14001 para os seus sistemas de gestão. Em 2017, 226 novos fornecedores passaram pela análise desses quesitos ambientais.

A preocupação com sustentabilidade faz com que a Volkswagen do Brasil realize avaliações não apenas com os potenciais novos parceiros, mas também na sua base de fornecedores ativa. Em 2017, foram escolhidos 65 parceiros para serem avaliados. O processo, que inclui análise prévia de documentos, auditorias in loco e posterior definição de planos de desenvolvimento, identificou 44 fornecedores com risco ambiental significativo decorrente de suas atividades. Destes, 18,18% apresentaram melhora significativa após o acompanhamento inicial. Apenas dois casos, 4,55% da amostra analisada, foram considerados graves e tiveram seus contratos cancelados.

Essa avaliação ambiental determina o potencial de risco do fornecedor e recomenda ou não a sua contratação. Aqueles classificados como de risco crítico são informados sobre a necessidade de ações corretivas e preventivas.

O processo amadurece a cada ano, especialmente em relação à comunicação das áreas internas, que ocorre por meio de reuniões periódicas, refletindo no melhor acompanhamento das ações dos fornecedores. Por outro lado, entre os desafios vivenciados estão questões como o fornecimento de documentação em tempo hábil pelo fornecedor, desenvolvimento de fornecedores em ramos de negócio com pouca concorrência, morosidade de órgãos ambientais para a emissão de documentos e fornecedores em processo de mudança de planta.

Os fornecedores com o melhor desempenho são convidados a participar de workshops de sustentabilidade para expor seus cases de sucesso como forma de incentivar a troca de experiências.

Impactos sociais

Desde 2006, a Volkswagen do Brasil dissemina a Cartilha de Sustentabilidade nas Relações com Fornecedores, em que estão inseridas as temáticas de impacto social negativo. Casos de trabalho infantil ou análogo ao escravo não são tolerados. Faz parte da rotina a verificação do histórico reputacional e criminal do parceiro de negócio, seja um prestador de serviço, fabricante de autopeças, concessionário autorizado, instituição com ou sem fins lucrativos, entre outros. Além de questões sociais, riscos como lavagem de dinheiro e corrupção também são verificados. Em 2017, não foram registradas ocorrências de risco de trabalho infantil, forçado ou análogo ao escravo, tampouco casos de impacto social negativo. [GRI 103-2, 103-3, 414-2, 408-1, 409-1]