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Relatório Anual 2013

 

Instituto ALL

Entre as ações culturais, o projeto Viajando com Monteiro foi destaque. Alcançou 26 mil pessoas em 2013.

Educação e cultura

Embora sejam a força motriz no transporte de alimentos dentro do Brasil e rumo a outros países, os trens impactam a vida dos moradores das cidades cortadas pelos trilhos. A interrupção de ruas, o som da buzina e o fechamento de cruzamentos são algumas das situações às quais os habitantes dos municípios lindeiros precisam se adaptar. Da vontade de criar benefícios diretos para essas mesmas comunidades nasceu, em 2008, o Instituto ALL de Educação e Cultura. Por meio dele, a companhia reafirma seu compromisso com a sociedade, seus colaboradores e o meio ambiente, desenvolvendo projetos educativos e culturais alinhados principalmente a duas das oito Metas do Milênio da ONU: a educação básica e a sustentabilidade.

Qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o instituto também centraliza a ação social de seu público interno por meio de um programa de voluntariado. Anualmente, engaja cerca de 200 colaboradores da ALL na promoção de ações sociais, campanhas educativas de segurança e iniciativas culturais e de educação ambiental.

Entre as ações culturais, o destaque foi o projeto Viajando com Monteiro, que em 2013 levou as histórias do escritor a 24 cidades, em 192 apresentações, realizadas para 26 mil pessoas. O projeto é realizado sobre um palco itinerante, que viaja a bordo de um caminhão para garantir seu alcance a diferentes comunidades, com o objetivo de levar literatura e teatro para milhares de crianças.

Por meio do Vagão Cultural, um vagão de trem adaptado que percorre os trilhos e atende crianças de escolas das comunidades vizinhas à via, o instituto promove oficinas teatrais e culturais, trabalhando também a construção de narrativas e a dramatização. A iniciativa, que já foi premiada como Destaque de Marketing, na categoria Responsabilidade Social, pela Associação Brasileira de Marketing e Negócios, atendeu 6 mil crianças em 2013.

Com o projeto itinerante Vagão Ambiental, também desenvolvido em vagões adaptados, o instituto leva às crianças das comunidades próximas à linha férrea noções de preservação ambiental e palestras sobre sustentabilidade. Em 2014, após as férias escolares, os vagões voltaram à ativa reformados e com novos roteiros para as apresentações.

Os três projetos são viabilizados com recursos da Lei Rouanet.

Apoio ao esporte

Em 2014, um projeto de iniciação esportiva também passa a figurar entre as ações do instituto. Patrocinada por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, a iniciativa deverá atender cerca de 200 crianças e jovens, estudantes da rede pública de ensino da cidade de Cubatão (SP). O objetivo é fazer com que a prática esportiva seja usada como ferramenta para promover o aperfeiçoamento de competências ligadas ao trabalho em equipe, à confiança e ao relacionamento interpessoal.

Resultados

Em 2013, o trabalho conduzido pelo Instituto ALL beneficiou 260 mil pessoas, em seis estados brasileiros. Metade delas por meio de campanhas educativas de segurança.

Segurança

O instituto também coordena a Campanha de Melhoria de Segurança, desenvolvida pela ALL para reduzir os riscos de acidentes envolvendo veículos e seus trens. Desde que foi implementada, em 2001, a iniciativa já contribuiu para reduzir em mais de 50% os acidentes nas passagens de nível (cruzamentos entre a ferrovia e ruas ou estradas) nos seis estados em que a companhia atua. A iniciativa envolve três tipos de ação, realizadas por voluntários da ALL: as blitze educativas em passagens em nível (PN); as palestras em escolas, para alunos da 1a a 4a série do Ensino Fundamental; e a distribuição de material educativo nas comunidades atravessadas pela linha férrea.

As palestras sobre segurança em escolas de municípios vizinhos à ferrovia acontecem duas vezes por mês e, só em 2013, levaram informação a mais de 12 mil crianças, nos seis estados em que a ALL atua. Ao longo do ano, a iniciativa ganhou o reforço de um jogo interativo, por meio do qual as crianças brincam sobre um tabuleiro gigante, pondo em prática os conhecimentos recebidos durante a palestra.

As blitze educativas em passagens em nível também acontecem duas vezes por mês. Os municípios onde a ação será realizada são escolhidos anualmente, a partir de listagem das PNs mais críticas em termos de visibilidade, histórico de “abalroamento”, circulação de veículos e proximidade a escolas. Durante as blitze, os voluntários da ALL distribuem materiais educativos alertando motoristas e pedestres sobre os cuidados em relação à ferrovia, como nunca estacionar perto da linha férrea; estar atentos ao apito do trem, que indica sua proximidade; e parar antes de cruzar a linha, que é sempre preferencial. Em 2013, a ação alcançou 105 mil pessoas.

Outra frente de atuação é o combate à prática do “surfe ferroviário”, ainda comum principalmente nos estados de Paraná e Santa Catarina, no interior de São Paulo e na região da Baixada Santista. Por meio da ação, voluntários da companhia distribuem material educativo nas comunidades próximas à linha férrea. Só em 2013, 4.600 moradores dessas áreas foram alertados quanto aos riscos dessa prática pela equipe da ALL.

R$ 2,2 milhões

foram investidos nos programas relacionados às comunidades. Os recursos foram captados por meio de iniciativas como o Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), a Lei de Incentivo ao Esporte e a Lei Rouanet.

Arte e cultura

Em 2013, a cidade de Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai, viu parte da história das ferrovias no Brasil voltar à vida. Por meio de um projeto que absorveu investimentos da ordem de R$ 1,7 milhão, a estação de trem da cidade, com mais de 100 anos de existência, foi totalmente restaurada. Reinaugurada, voltou a fazer parte do dia a dia dos cerca de 80 mil habitantes do município. Não como um ponto de embarque e desembarque de passageiros, como no início de sua história, mas como o principal centro artístico e cultural da cidade.

Além do restauro arquitetônico do edifício, a obra, viabilizada por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da ALL e do Banco Safra, permitiu a instalação de uma sala de projeção, o Cine Estação Instituto ALL, e a montagem de uma exposição fotográfica permanente, o Projeto Memória Ferroviária, que resgata a história da ferrovia naquela região do país. O prédio, que hoje também abriga a sede da Secretaria Municipal de Cultura, tornou-se em poucos meses um dos principais pontos de encontro da cidade.