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Relatório Anual 2013

 
Mensagem do CEO

Nossas ferrovias geram valor

Entendemos que, tão importantes quanto o bom desempenho econômico, são a nossa responsabilidade em relação à gestão dos impactos ambientais de nossas operações e a transparência com que nos relacionamos com os públicos estratégicos

 

Crescer junto com a economia brasileira, garantindo retorno aos nossos investidores e oferecendo cada vez mais eficiência aos clientes, é a meta que faz com que, na ALL, a gente nunca pare. Na busca por alcançar nossa visão – a de sermos a melhor empresa de logística da América Latina –, entendemos que, tão importantes quanto o bom desempenho econômico, são a nossa responsabilidade em relação à gestão dos impactos ambientais de nossas operações e a transparência com que nos relacionamos com os públicos estratégicos.

Para a ALL Operações Ferroviárias, o ano de 2013 foi marcado por grandes realizações. Com a inauguração do Complexo Intermodal de Rondonópolis, em agosto, consolidamos a solução para um dos principais gargalos logísticos do país. Ao todo, foram investidos R$ 880 milhões na expansão da Malha Norte e na construção de um complexo intermodal. A estrutura amplia o potencial do modal ferroviário para o escoamento de cargas entre o Centro-Oeste do país e o Porto de Santos, principal corredor brasileiro para a exportação de grãos.

Outro destaque do período foi a abertura de novas linhas de crédito com o BNDES, no valor total de R$ 1,7 bilhão. Os recursos darão suporte ao crescimento orgânico da ALL Operações Ferroviárias no período 2013-2015, cobrindo cerca de 80% dos investimentos planejados para o desenvolvimento do negócio e a implementação de projetos sociais nas áreas de influência da ferrovia.

No início de 2014, também obtivemos a Licença de Instalação necessária para realizar a duplicação da Malha Paulista, nos subtrechos Embu-Guaçu a Evangelista de Souza e Paratinga a Perequê. Com investimento da ordem de R$ 600 milhões, a obra deve ser concluída no primeiro trimestre de 2015. Como resultado, permitirá à ALL mais do que dobrar sua capacidade de transporte nessa ferrovia, responsável pelo escoamento de quase 60% de todo o volume movimentado pela companhia. Além disso, em maio de 2014, a fusão por incorporação da ALL à Rumo Logística, do Grupo Cosan, foi aprovada pelos acionistas de ambas as empresas. Com a efetivação do negócio, ainda sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os acionistas da ALL passarão a deter 63,5% da nova companhia e os acionistas da Rumo, 36,5%.

O ano também foi marcado por algumas dificuldades. O acidente ferroviário que sofremos em novembro, em São José do Rio Preto (SP), novamente nos remeteu a um grande desafio das operações ferroviárias no Brasil: a interação com o perímetro urbano. A ALL lamenta a ocorrência desse acidente e empenhou-se em buscar suas causas e em aprender com ele. A partir do laudo técnico, que apontou o encharcamento do solo como causa do acidente, a ALL mapeou todos os trechos da ferrovia que atravessam regiões urbanas com o mesmo potencial de risco e criou um plano de ação preventivo, envolvendo ações de drenagem a serem conduzidas em parceria com as prefeituras dos municípios em questão.

Embora a segurança na malha ferroviária tenha aumentado cerca de 80% desde que a ALL iniciou suas operações, em 1997, a companhia atua ativamente na busca por soluções capazes de reduzir os riscos potenciais de sua operação para as comunidades lindeiras.

Além de promover campanhas de segurança para adultos e crianças, por meio do Instituto ALL de Educação e Cultura, a companhia apoia prefeituras e câmaras de vereadores de municípios vizinhos às suas operações, oferecendo suporte técnico e intermediando a solicitação de obras de segurança pública junto ao governo federal. A ALL acredita que a construção de contornos ferroviários, que desviam a via férrea dos centros urbanos, é uma necessidade que beneficia a todos. Para as comunidades, traz mais segurança; para o transporte ferroviário, mais produtividade; para o país, mais divisas.

Em junho, companhia passou a concentrar suas operações exclusivamente no Brasil. Principal mudança estrutural no período, a rescisão das concessões da companhia na Argentina veio ao encontro de uma decisão da própria companhia, de concentrar esforços nos mercados de maior potencial. O encerramento do contrato pelo governo argentino ocorreu em um momento em que a companhia já se encontrava em negociações avançadas com um grupo local interessado em dar continuidade às operações, que, para a ALL, deixaram de ser rentáveis nos últimos anos.

Resultados econômicos

Em 2013, a receita líquida da ALL Operações Ferroviárias foi 8,9% superior à de 2012. No mesmo período, o Ebitda cresceu 8,1% e o lucro líquido, 1,3%.* No consolidado do Grupo ALL, a receita líquida foi de R$ 3,6 bilhões, valor 9,2% superior ao alcançado em 2012. O Ebitda cresceu 8,4% e o lucro líquido, 3,5%.*

* Quando excluídos os efeitos do encerramento das operações na Argentina.

Para os novos negócios do Grupo ALL, os principais destaques do ano foram a capitalização da Brado Logística, em R$ 400 milhões, pelo Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) e a obtenção da licença ambiental prévia referente ao Porto de Santos, emitida pelo Ibama para o escoamento do minério de ferro do projeto Vetria. Outra boa notícia foi a reavaliação da estimativa de recursos ambientais da mina de 1 bilhão para 10 bilhões de toneladas, com um teor médio de ferro de 46%. Já a Ritmo teve um ano desafiador. Apesar do crescimento da receita líquida em 3,1% no comparativo entre 2012 e 2013, o Ebitda teve variação negativa de 4,1% no mesmo período. A perspectiva para os próximos anos, no entanto, é que a empresa se consolide como um importante prestador de serviços rodoviários intermodais voltados para clientes cujos volumes têm origem ou destino nas ferrovias operadas pela ALL.

Para 2014, a meta é avançar no relacionamento com os órgãos governamentais, os organismos reguladores, os clientes e as comunidades. Neste relatório, você conhecerá um pouco do caminho que temos trilhado para inserir a sustentabilidade de forma estratégica em nossas operações.

Boa leitura.

Alexandre Santoro
CEO da ALL Logística