Ciclo de Vida dos Produtos
Da matéria-prima à prateleira da loja, cada vez mais sustentável
Em 2015, muitos dos objetivos do triênio da frente de Ciclo de Vida dos Produtos viraram processos dentro da empresa. Com isso, as práticas de sustentabilidade estão mais presentes no dia a dia das equipes de desenvolvimento de produtos. Além disso, lá fora, o Grupo Boticário teve mais um ano de participação ativa na Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida, mantendo-se na vice-presidência da instituição e consolidando sua influência e contribuição para a mobilização de empresas, educação do consumidor e incentivo para elaboração de políticas públicas de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).
Neste sentido, outra iniciativa importante que contribuirá para o amadurecimento de ACV no Brasil foi o apoio ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Por meio de patrocínio, auxiliamos a implantação de melhorias no sistema do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV Brasil), que possibilitará o acesso a informações padronizadas de processos e produtos da indústria brasileira, com reconhecimento internacional, para as ACVs desenvolvidas aqui.
Alternativas que geram reconhecimento
Manter nosso compromisso com a não realização de testes em animais é um desafio constante e que nos mantém em busca de novas soluções ou aprimoramento de processos. Neste sentido, em 2015 o Grupo Boticário associou-se à Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA). Também neste ano tivemos dois novos métodos de testes internalizados, totalizando 23 procedimentos realizados internamente até agora.
De olho no futuro
Para o próximo triênio, vamos:
- Avaliar a ecotoxicidade de 100% das matérias-primas** utilizadas em produtos enxaguáveis desenvolvidos internamente e definir metas para a redução do impacto ambiental das formulações.
- Implementar diretrizes para que novas embalagens não tenham maior impacto ambiental, em comparação à sua versão anterior.
**O escopo de análise não contempla matérias-primas utilizadas em concentrações menores do que 1% na formulação final e consideradas de “baixa relevância” em uma análise preliminar de impacto ambiental.
Algumas das nossas iniciativas de destaque neste período são:
- A Pele 3D* (método de reconstituição de pele humana em laboratório) ganhou o prêmio de melhor pôster no 28º Congresso Brasileiro de Cosmetologia (2015).
- A reprodução da estrutura do folículo piloso in vitro*, que produz o cabelo, foi reconhecida com o 2° melhor pôster do III Congresso Internacional de Tricologia (2015).
- Os métodos desenvolvidos e/ou aplicados pelo Grupo Boticário já foram publicados em três capítulos de livros sobre o tema e quatro artigos científicos, publicados em revistas científicas internacionais indexadas.
*Leia mais sobre esses projetos no Relatório de Sustentabilidade 2014.
Em 2015 foi desenvolvida uma nova tecnologia que permitiu a fabricação de cremes e loções hidratantes a frio, ou seja, um processo muito mais ecoeficiente que não necessita de aquecimento da água nem da formulação em nenhuma etapa.
Esta nova tecnologia está sendo implementada em cerca de 40 produtos no Grupo Boticário – em 2015, todas as loções de Nativa SPA e de Cuide-se Bem, de O Boticário, já adotaram este processo – reduzindo em média:
71%
o tempo de fabricação
70%
o consumo de energia elétrica
15%
o custo de transformação
10%
o custo de matérias-primas
Portfólio mais sustentável
A cada ano são introduzidas novas matérias-primas no portfólio do Grupo Boticário – o que permite manter os produtos atualizados com as tendências de mercado e, também, melhorar as formulações que já existem. Atualmente, para comprar esses materiais, contamos com critérios que são restritivos, como por exemplo a não realização de testes em animais.
A novidade é que, em 2015, realizamos um estudo de critérios complementares para ajudar o pesquisador a levar em conta outras questões de sustentabilidade na hora da escolha. Assim, além da segurança, eficácia e das condições da compra, ele também usará critérios como: essa matéria-prima gasta menos energia ou água no processo produtivo? Ela causa menos impacto no meio ambiente ao ser descartada?