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Comprometida com a eficiência ambiental

Comprometida com a eficiência ambiental

Em 2016, a Volkswagen do Brasil passou a exigir que 100% da energia elétrica adquirida para suas operações seja proveniente de fontes renováveis. Evoluções também acontecem nas frentes de consumo de água, geração de emissões, uso de solventes e destinação de resíduos.

[GRI G4-EN31]

Em 2016, a gestão ambiental da Volkswagen do Brasil ganhou força, passando a contar com uma estrutura corporativa, que unificou todas as frentes de trabalho relacionadas, como a gestão dos riscos ambientais, as obtenções das licenças necessárias para o pleno funcionamento das plantas, o gerenciamento do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da unidade Anchieta e o apoio para a manutenção dos SGAs das demais plantas. Sinergia entre as equipes e otimização de recursos e de tempo são os principais resultados dessa nova configuração. Ao todo, foram investidos mais de R$ 14 milhões em gestão do meio ambiente ao longo do ano (veja detalhes no quadro Investimentos), valor significativamente mais alto que o aportado em 2015 pela empresa, de R$ 8 milhões.

O desempenho ambiental nas plantas industriais também foi impactado em 2016, especialmente porque, mesmo com a queda na produção, recursos como energia e água continuam sendo consumidos para manter as estruturas administrativa e operacional em funcionamento. Apesar do desempenho prejudicado, a empresa seguiu comprometida com a iniciativa global Think Blue. Factory., lançada em 2011 em âmbito global e que estabeleceu a redução de 25% no consumo de energia e de água, na destinação de resíduos a aterros e na geração de emissões de CO2 e de solventes (Volatile Organic Compounds – VOC), por veículo produzido, até o ano de 2018. A meta usa como base os dados de 2010.

Com a previsão inicial de alcançar uma redução de 18,7% no indicador Think Blue. Factory. em 2016, a Volkswagen do Brasil fechou o ano cerca de 5% menos eficiente do ponto de vista ambiental que em 2015. A performance começou a ser revertida no último trimestre do ano, graças à pequena recuperação dos níveis de produção e à continuidade das ações de eficiência nas plantas (Acompanhe o desempenho ano a ano no gráfico Think Blue. Factory., a seguir).

Visando o alcance da meta global em 2018, a expectativa é obter uma redução média de 21,88% nos respectivos indicadores que integram o compromisso em 2017, dando ênfase à redução de energia, cujos parâmetros atuais de consumo de energia por veículo produzido já são bastante otimizados, aumentando o desafio da empresa. Após o cumprimento do atual compromisso ambiental da Volkswagen do Brasil, deverão ser implementados novos objetivos para o período de 2019 a 2025.

Investimentos [GRI G4-EN31]

R$
Custos totais para investimentos e operações gerenciais de resíduos, emissões, água e outros13.865.496,25
Custos para gerenciamento de resíduos2.649.845,64
Custos e investimentos operacionais para o gerenciamento de emissões712.512,62
Investimentos e custos operacionais para gerenciamento de água, proteção climática, de ruídos e áreas contaminadas9.762.420,81
Custos operacionais para manutenção das plantas740.717,18
Certificação externa de sistemas de gestão147.355,73
Total14.012.851,98

Think Blue. Factory. – Desempenho Volkswagen do Brasil

2010201120122013201420152016Meta 2018
Energia (MWh/veículo)1,171,111,111,271,321,471,660,88
Água (m3/veículo)3,603,083,013,373,223,533,722,70
Resíduos (kg/veículo)8,789,438,678,998,107,119,446,59
CO2 (kg/veículo)11910012115617619611989
Solventes (kg/veículo)6,125,705,135,163,904,014,374,59

ISO 14001

As quatro fábricas da Volkswagen do Brasil são certificadas pela ISO 14001, de gestão ambiental. O próximo passo é integrar o sistema de gestão ambiental da empresa às diretrizes de gestão de energia previstas na norma ISO 50001.

Nova estratégia de aquisição de energia

Como parte da estratégia Think Blue. Factory., a Volkswagen do Brasil implantou 165 iniciativas de melhoria em suas unidades industriais ao longo de 2016, que, somadas, representam uma economia média de € 4 milhões para a empresa a cada período de 12 meses.

A principal delas é um exemplo claro de como uma gestão ambiental responsável pode trazer ganhos financeiros para as organizações, impactando positivamente também, ainda que de maneira indireta, toda a sociedade. A empresa passou a exigir, por meio de uma cláusula contratual, que 100% da energia elétrica adquirida para suas operações seja proveniente de hidrelétricas, ou seja, de fontes renováveis, zerando a emissão de CO2 relacionada à geração de energia elétrica, isto seguindo as regras do programa "Think Blue. Factory.". O novo contrato também se estende a outras duas empresas do Grupo Volkswagen: a MAN, com sede em Resende (RJ), e a Scania, que também fica em São Bernardo do Campo.

Comparando 2016 aos anos anteriores, já se nota o aumento significativo do consumo de energia proveniente de fontes renováveis pela Volkswagen do Brasil (veja números a seguir).

Geração própria de energia

A Volkswagen do Brasil também conta com sua PCH Anhanguera (Pequena Central Hidrelétrica), localizada no rio Sapucaí – entre as cidades paulistas de São Joaquim da Barra e Guará –, com capacidade para produzir cerca de 18% da energia consumida pela empresa. No consolidado de 2016, a PCH gerou 49.239 MWh de energia.

Outros destaques de eficiência energética [GRI G4-EN5 e GRI G4-EN6]

Atualmente, um sistema inteligente mantém desligada a iluminação das ilhas automatizadas (comandadas por robôs) das fábricas Anchieta, Taubaté e São José dos Pinhais. As lâmpadas somente são acionadas quando um profissional entra nos locais. Na unidade Anchieta, foram substituídas as bombas de circulação de água por modelos mais eficientes e que, enquanto estão em funcionamento, tornam-se geradores de energia, reduzindo o consumo de eletricidade comprada. Em São Carlos, inversores de frequência são utilizados para otimizar o bombeamento nas centrais de filtragem, impactando positivamente o consumo de energia. A unidade também conta com placas solares para iluminação do refeitório e dos banheiros, contribuindo para a redução no consumo. Em São José dos Pinhais, a iluminação passou a contar com lâmpadas LED, de alto rendimento, e a iniciativa também é estimulada entre os fornecedores que ficam na unidade.

Mesmo com essas iniciativas, a Volkswagen do Brasil registrou aumento de mais de 12% no consumo da energia direta e indireta em 2016, consequência da redução da produção. O desempenho também influenciou a intensidade energética da empresa – indicador que integra a meta Think Blue. Factory. –, que correspondeu a 1,66 MWh por veículo produzido. No ano anterior, a intensidade havia ficado em 1,47 MWh/veículo produzido.

Intensidade energética – em MWh [GRI G4-EN5]

201420152016
Consumo de energia por veículo produzido1,321,471,66

Consumo de energia dentro da empresa – em MWh/ano [GRI G4-EN3]

201420152016
Energia renovável (concessionárias de energia e PCH Anhanguera)370.593310.313333.901
Energia não renovável (óleo diesel e gás natural)321.593243.473219.355
Total692.186553.786553.256

Consumo de energia fora da empresa – em MWh/ano [GRI G4-EN4]

201420152016
Energia renovável (escritório Jabaquara e PAC Vinhedo)8.2687.5609.373
Energia não renovável (escritório Jabaquara e PAC Vinhedo)2.3272.1260
Total10.5959.6869.373

Menos emissões de CO2 e de solventes
[GRI G4-EN15, GRI G4-EN16, GRI G4-EN19, GRI G4-EN20 e GRI G4-EN21]

Desde 2009, a Volkswagen do Brasil realiza o inventário de emissões dos gases de efeito estufa (GEE). A partir dos dados, que hoje são sistematizados em um software de gerenciamento específico denominado SoFi, a empresa estabelece planos para minimizar os impactos de suas operações.

Resultado de sua estratégia ambiental, a empresa alcançou evoluções significativas em 2016 nos indicadores relacionados às emissões de CO2, reflexo da decisão de adquirir energia elétrica 100% limpa e que, portanto, zera as emissões de CO2 relativas ao consumo de eletricidade. A estratégia também se soma à geração de energia própria na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Anhanguera. No consolidado do ano, foi evitada a emissão de 27.280 tCO2e.

A estratégia também influenciou positivamente as emissões da Volkswagen do Brasil, com destaque para as emissões indiretas (provenientes da compra de energia ou da emissão de processos externos à empresa, como de terceiros), que passaram de 41.020 tCO2e, em 2015, para apenas 2.210 tCO2e, em 2016. Comparando com 2010, que corresponde ao ano-base do compromisso global Think Blue, as emissões indiretas caíram 90%.

Há, ainda, um esforço para acompanhar e controlar outras emissões atmosféricas significativas, caso dos solventes VOC (compostos orgânicos voláteis, em português). Uma das boas práticas da empresa acontece na linha da pintura ecológica da fábrica de Taubaté, que utiliza tinta à base de água, que contribuiu para a diminuição das emissões de solventes e também de CO2. Nenhuma atividade ou processo da Volkswagen do Brasil emprega a substância CFC-11, de grande dano à camada de ozônio.

Emissões GEE [GRI G4-EN15, GRI G4-EN16 e GRI G4-EN17]

201420152016
Total de emissões diretas GEE (escopo 1)1 – tCO2e54.93142.03237.487
Total de emissões indiretas GEE (escopo 2)2 – tCO2e50.14341.0202.210
Total de outras emissões indiretas relevantes (escopo 3) – tCO2e315.13711.5487.9913
Outras emissões significativas [GRI G4-EN21]201420152016
NOx – toneladas124,8982,1674,44
SOx – toneladas1,473,301,58
Compostos voláteis orgânicos – toneladas3.5251.702             1.457

1 Considera a geração de eletricidade, calor ou vapor resultantes da queima de combustíveis em fontes fixas (caldeiras, fornos, turbinas e outros processos de combustão).
2 Considera a geração de eletricidade, aquecimento, refrigeração e vapor comprados para consumo próprio.
3 As outras emissões indiretas de 2016 só consideram o transporte de empregados. A partir de 2016, uma melhoria no sistema permitiu a contabilização das emissões relacionadas a viagens a negócios, transporte e distribuição a montante e a jusante.

Redução de emissões GEE – tCO2e [GRI G4-EN19]

201420152016
Emissões evitadas com a PCH Anhanguera12.6257.4434.023
Emissões evitadas com a aquisição de energia elétrica1--23.257
Total de emissões evitadas--27.280

1 Dado começou a ser considerado a partir de 2016.

Consumo de água [GRI G4-EN8, GRI G4-EN10 e GRI G4-EN22]

Em 2016, a Volkswagen do Brasil consumiu 1,2 milhão de m3 de água em suas quatro plantas industriais – no ano anterior o consumo foi um pouco maior, de aproximadamente 1,5 milhão de m3. Visando evitar possíveis interrupções de fornecimento, a empresa possui recursos de concessionárias de abastecimento e, em caso de necessidade, fontes subterrâneas devidamente outorgadas. Após diminuir, em 2015, o consumo de água fornecida pela companhia de abastecimento paulista na planta Anchieta, em São Bernardo do Campo – em decorrência da crise hídrica verificada em todo o estado de São Paulo naquele período –, a empresa restabeleceu os níveis de consumo provenientes dessa fonte em 2016.

O consumo mais eficiente dos recursos hídricos também é um objetivo das unidades industriais da Volkswagen do Brasil. Em 2016, a empresa utilizou 27.720 m3 de água reciclada em diferentes processos de suas quatro plantas (testes de prova d’água realizados na etapa de montagem final dos veículos e simulações de segurança organizadas pelo Corpo de Bombeiros, etc). O índice de recirculação chegou a 2% – mesmo desempenho de 2015.

A unidade de Taubaté, por exemplo, voltou a utilizar água de reúso e tem a meta de reduzir 14% o consumo da água fornecida pela companhia de abastecimento. Nas plantas Anchieta e São José dos Pinhais, tiveram sequência as ações de captação da água de chuva para utilização nas torres de resfriamento e também para jardinagem.

No consolidado de 2016, o descarte de efluentes chegou a 1.069.612 m3, número mais baixo que o do ano anterior (1.272.940 m3), consequência da queda no volume de produção. Especialmente na planta Anchieta, após a água ser utilizada nos processos produtivos, os efluentes seguem para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da região e parte é reutilizada no polo petroquímico do ABC paulista.

Consumo de água por fonte1 – em m3 [GRI G4-EN8]











1 A Volkswagen do Brasil não consome água de superfície e efluentes de outra empresa.
2 Considera o consumo parcial da planta Anchieta e total da planta de São Carlos.
3 A água de chuva é considerada uma iniciativa de reúso e integra o indicador GRI G4-EN10 (volume total de água reciclada e reutilizada).
4 Considera o consumo parcial da planta Anchieta e total das unidades de Taubaté e São José dos Pinhais.

Referência na destinação de resíduos [GRI G4-EN23 e GRI G4-EN25]

Atualmente, 97,17% do total dos resíduos gerados nas unidades da Volkswagen do Brasil são encaminhados para reciclagem, reutilização e recuperação. Os resíduos encaminhados para aterros somam apenas 2,63%. A robustez do programa de gerenciamento de resíduos industriais fez com que a empresa fosse reconhecida externamente em 2016, quando recebeu menção honrosa na 10ª edição do Prêmio AEA de Meio Ambiente, da Associação de Engenharia Automotiva.

Do pequeno percentual que ainda não é reciclado pela empresa, grande parte corresponde ao lodo industrial decorrente do tratamento de efluentes e que tem os aterros industriais como destino final. A partir de uma sugestão da própria equipe da Volkswagen do Brasil, a gestão passou a investir em iniciativas de coprocessamento, que acontecem nas quatro plantas industriais. Em parceria com fabricantes de cimento, o lodo agora é utilizado nos fornos e até na própria massa que dá origem ao cimento.

Iniciado em São Carlos , o projeto já foi ampliado para São José dos Pinhais. As fábricas Anchieta, desde dezembro de 2016 e Taubaté a partir de outubro de 2017 (previsão), fazem a destinação do lodo para beneficiamento, que usa alguns componentes presentes no resíduo e o utilizam novamente como matéria-prima para produção de aço.

Vale lembrar que todos os resíduos – perigosos e não perigosos – são transportados por empresas prestadoras de serviço, auditadas com base nos parâmetros estabelecidos pelo Sistema de Gestão Ambiental da Volkswagen.

Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição – em toneladas [GRI G4-EN23]

,
201420152016
Resíduos não perigosos
Compostagem (resíduos orgânicos)0,00457300
Reutilização (entulho de obras)2.03553764
Reciclagem (madeira, papel, papelão, plástico, vidro e sucatas metálicas)54.68442.85753.316
Recuperação (pneus, lodo ETEs e filtros)130304
Aterro (lixo doméstico, vegetal, poliuretano, PVC e orgânicos)4.3652.6262.230
Total resíduos não perigosos73.57345.77756.206
Resíduos perigosos
Reciclagem (lâmpadas, óleos lubrificantes e solventes e tambores usados)296.599215.20259.312
Recuperação (borra de tinta, colas e adesivos, líquidos inflamáveis, efluentes de pintura e outros contaminados)4.8332.79919.573
Incineração (resíduos de ambulatórios e PCBs)171452277
Aterro (resinas de PVC, adesivos e resinas)8051.4221.365
Total resíduos perigosos302.407219.87680.527
Total geral375.891265.653136.733